CINE SANTA MARIA E O DESTINO DOS CINEMAS DE RUA NA LÓGICA DA MODERNIDADE

Autores

  • Fernanda Victoria Alves dos Reis UEG
  • Maíra Teixeira Pereira UEG
  • Miriã Kelly Costa Nascimento UEG
  • Paulo Eduardo Silva Moreira UEG

Palavras-chave:

Salas de cinemas de rua, Anápolis, Cine Santa Maria, Cine Piratininga, Modernidade

Resumo

O processo de modernização das cidades provocou mudanças profundas na configuração dos Centros urbanos e na relação dos indivíduos com os equipamentos culturais. Em Anápolis, o Cine Santa Maria, inaugurado em 1959, exemplifica esse fenômeno. Inicialmente símbolo da modernidade e do lazer coletivo, foi desativado e convertido em estacionamento, acompanhando uma lógica recorrente de apagamento urbano. A comparação com o Cine Piratininga (1943), em São Paulo, revela que essa transformação não é pontual, mas parte de um padrão que envolve a valorização do transporte individual, o esvaziamento dos espaços públicos e a ausência de políticas de preservação. A modernidade, em sua constante busca por novidade, torna obsoletos os espaços que não se adaptam às novas exigências de consumo e mobilidade. A análise evidencia que a perda dos cinemas de rua não se limita à esfera cultural, mas está diretamente ligada à reconfiguração das práticas urbanas e à fragilização da memória coletiva.

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Publicado

2025-08-20