Levantamento da produtividade leiteira do arranjo produtivo lácteo da microrregião de São Luís de Montes Belos, Estado de Goiás

Resumo

A bovinocultura de leite está presente em praticamente todos os 246 municípios do estado de Goiás, de igual modo se estende por todo território nacional, sendo ela a principal fonte de renda de grande parte dos estabelecimentos agropecuários. Dentre as especificidades do setor, há a presença de produtores especializados e não especializados que atuam em sistemas produtivos heterogêneos. Esta pesquisa teve por objetivo calcular a produtividade leiteira na região do Arranjo Produtivo Lácteo da Microrregião de São Luis de Montes Belos, estado de Goiás. Foi realizada uma pesquisa exploratória que obteve como resultados parciais a análise quantitativa dos dados secundários disponíveis na Pesquisa Pecuária Municipal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).  Foram analisados os dados de Produção Leiteira e suas taxas de crescimento anual, o número de Vacas Ordenhadas e a Produtividade (litros/Vaca/Ano) no Brasil, no estado de Goiás e dos 18 municípios integrantes do APL Lácteo da Microrregião de São Luis de Montes Belos nos últimos 20 anos (1996-2015). Como resultados parciais há de se destacar que entre os anos de 1996 e 2015 houve um grande crescimento na Taxa de Produção Leiteira no Brasil e no estado de Goiás (89% e 76% respectivamente), contudo, neste mesmo período o crescimento da produção na região do APL foi de apenas 32%, ou seja, quase 1/3 do crescimento nacional. Há de destacar que a produção no APL entre os anos de 2014 e 2015 houve uma retração de -15%, enquanto no mesmo período a queda na produção nacional e estadual foi de apenas -0,35% e -4% respectivamente. A produtividade nacional no ano de 1995 foi de 900 (Litros/Vaca/Ano), enquanto no estado de Goiás foi de 746 e no APL analisado foi de apenas 570. Já no ano de 2016 a produtividade nacional teve um crescimento de 78,85%, a produtividade goiana foi de 85,36% enquanto a do APL foi de 98,59%. Embora a região do APL tenha obtido o maior percentual de crescimento na produtividade, ela ainda é menor que as médias nacionais neste mesmo período foi de 1.609, a estadual foi 1.383 e a do APL foi de 1.132 (litros/vaca/ano). Sugere-se uma análise qualitativa dos aspectos produtivos que tem resultado na baixa produtividade, afim de que alternativas de desenvolvimento possam ser viabilizadas aos produtores da região do arranjo produtivo lácteo.