Viabilidade econômica de sistemas semi-intensivo e extensivo de bovinos de corte

Resumo

Objetivou-se avaliar a viabilidade econômica de dois sistemas distintos de produção, de bovinos de corte, sendo em extensivo e semi-intensivo. O estudo foi realizado em Porangatu, no Estado de Goiás, onde localizavam-se as duas propriedades avaliadas. O experimento foi conduzido no período de 10 de agosto a 25 de setembro de 2015. Dividiu-se em duas avaliações metodológicas, a primeira com coletas de dados a campo, coletando dados referentes aos índices reprodutivos, custos de produção, benfeitorias, maquinário, equipamentos, implementos ferramentas e rebanho. A segunda com processamento e análise dos dados das informações zootécnicas e econômicas. Os dados coletados foram tabulados em planilhas eletrônicas, comparando os dois sistemas de estudo, em que os dados de índices produtivos e econômicos, foram agrupados em tabelas, para a melhor comparação. Os indicadores avaliados, em ambos sistemas de produção, foram taxa de prenhes, taxa de natalidade, taxa de desmama, taxa de mortalidade até a desmama, taxa de mortalidade até um ano, taxa de mortalidade de animais adultos, idade ao primeiro parto, intervalo de parto, idade média de abate, taxa de abate de machos, taxa de abate de fêmeas, taxa de lotação, taxa de reposição de fêmeas, taxa de reposição de machos, taxa de descarte de fêmeas, taxa de descarte de machos, período de serviço, relação de desmama e taxa de reconcepção. Já os custos e as receitas foram computados em planilhas eletrônicas e calculados a produção, produção por hectare, renda bruta, renda bruta por hectare, margem bruta, margem bruta por hectare, margem liquida, margem liquida por hectare, resultado, resultado médio e resultado por hectare, sendo observados por Custo operacional efetivo (COE), Custo operacional total (COT), Custo total (CT), Custo médio (CMe), Renda bruta total (RBT), Margem bruta (MB), Margem líquida (ML), Resultado (Re), Resultado médio (Rem) e remuneração do capital investido (RCI), com a taxa de juros máxima a ser adotada foi de 6% ao ano. O sistema semi-intensivo apresentou índices zootécnicos superiores ao extensivo, com destaque para menor idade ao primeiro parto, menor período de serviço e maior taxa de reconcepção. Com maior rebanho, o sistema semi-intensivo apresentou maior custo de produção total. Contudo, o custo por arroba foi menor, enquanto a renda bruta e os resultados foram maiores neste sistema, sendo este viável economicamente. O sistema extensivo apresentou resultados negativos.