Crescimento de feijão-de-porco nas condições edafoclimáticas de São Luís de Montes Belos, Goiás, Brasil
Palavras-chave:
Massa seca, altura de planta, número de folhas, taxa de crescimento da cultura.Resumo
Dentre as leguminosas de cobertura mais utilizadas, o feijão-de-porco (Canavalia ensiformis (L.) DC.) vem se destacando. O potencial dessa espécie para fins de adubação verde, já foi relatado em vários trabalhos sendo a maioria associado a cultivos agrícolas. O objetivo do trabalho foi avaliar o crescimento de plantas de Feijão-de-porco, para condições edafoclimáticas de São Luís de Montes Belos, Goiás, Brasil. O experimento foi conduzido a campo, de fevereiro a agosto de 2017, na área da Universidade Estadual de Goiás, Campus São Luís de Montes Belos. A semeadura foi realizada em 22 de fevereiro de 2017, em sulcos com espaçamento de 50 centímetros, utilizando cinco sementes por metro (densidade de 100.000 plantas ha). A emergência ocorreu em 2 de março de 2017, e as avaliações iniciaram-se aos 20 dias estendendo-se até aos 90 dias após a emergência (DAE). As avaliações foram realizadas a cada 7 dias, coletando se duas plantas, para determinação da massa seca (MS) da parte aérea (kg ha-1), altura de planta (cm), número de folhas por planta, taxa de crescimento da cultura (g MS dia-1) e ao final avaliou-se a produtividade de grãos (kg ha-1). Foi realizado ajuste de regressão para as variáveis analisadas, em função dos dias de avaliação (20, 27, 34, 41, 48, 62, 69, 76, 83 e 90 DAE). O ajuste de regressão quadrática foi significativo para todas as variáveis analisadas, que demonstrou a curva de crescimento sigmoide da cultura. O crescimento inicial foi lento até aos 48 DAE, quando houve aumento no crescimento de forma exponencial, porem até aos 90 DAE não foi possível identificar o máximo crescimento da planta. A produtividade, a altura de planta e número de folhas aos 90 DAE, foram respectivamente, 8.000 kg ha-1, 125 cm e 121 folhas por planta. A taxa média de crescimento da cultura foi de 0,95 g de MS dia-1. A colheita dos grãos foi realizada aos 158 dias após a emergência, e alcançou produtividade de 2.526 kg ha-1. Considerando-se que a cultura é preferencialmente cultivada no verão os resultados obtidos ficaram dentro do esperado e relatado na literatura.