Epidemiologia da Tuberculose no estado de Goiás

Autores

  • Ana Paula Tavares Portela
  • Andreia de Sousa Dutra
  • Isabela Gonzaga Oliveira
  • Maria Luisa Mior Lasta
  • Rodrigo Caetano Campos
  • Guido Carlos Iselda Hermans Masson
  • Aracele Pinheiro Pales dos Santos

Resumo

A tuberculose bovina, causada pela bactéria Mycobacterium bovis, é uma antropozoonose de ocorrência mundial, em destaque nos países em desenvolvimento. Se trata de uma enfermidade de evolução crônica que se caracteriza pelo desenvolvimento de lesões nodulares denominadas tubérculos, que podem se localizar em qualquer órgão ou tecido, sendo mais frequentemente observados nos pulmões, pleura e linfonodos adjacentes, podendo acometer também fígado, baço e intestinos. Essa enfermidade é considerada uma das principais doenças infecciosas de bovinos e outros animais domésticos, com amplo potencial zoonótico, acometendo o ser humano desde a pré-história, podendo ser considerado o agente microbiano que mais vitimou a humanidade. No ano 2013 foram registrados oficialmente 54,9 milhões de óbitos de pessoas no mundo; em 2011 cerca de dois bilhões de indivíduos com infecção latente, sendo 95% em países em desenvolvimento. Em países desenvolvidos se encontra em fase de erradicação ou já erradicada, espécies silvestres são os maiores reservatórios. De acordo com a Agrodefesa, 370 novos casos de tuberculose em animais foram notificados no período de 2014 a 2018 no estado de Goiás em propriedades e frigoríficos. A cidade de Rio Verde, se encontra com o maior número de casos 38; Vianópolis com 25; a capital Goiânia somente um caso. O diagnóstico foi realizado através de aplicação intradérmica cervical de tuberculina, um teste com baixo custo e elevada eficácia. Animais infectados apresentam hipersensibilidade retardada em até 72 horas após aplicação. Em humanos é amplamente utilizada a vacina BCG, que apresenta grande seguridade. Já para os animais não se comprovou vacina que apresente boa eficácia. Seu controle depende de ações eficazes de vigilância, como a notificação obrigatória de animais infectados, seguido de sacrifício, em caso de detecção nos portos ou fronteiras o sacrifício deve ser imediato.

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Publicado

2022-06-21