Zoonozes parasitárias em bovinos abatidos
Resumo
As zoonoses parasitárias são de extrema importância na inspeção post-mortem de bovinos em frigoríficos, pois é nesta inspeção que se evita o risco de distribuir carne contaminada em estabelecimentos comerciais, sendo este um dos únicos momentos para o diagnóstico. Um dos problemas é que vísceras e carcaças inteiras são condenadas e consequentemente há grandes prejuízos econômicos, principalmente para o produtor. A presente revisão de literatura tem por objetivo principal abordar sobre as três principais zoonoses parasitárias detectadas na inspeção: cisticercose, que se dá por cisticercos espalhados pela musculatura, é causada pela Taenia Saginata após o animal ingerir seus ovos. A hidatidose, que é uma doença causada por Echinococcus granulosus, adquirida após ingestão dos ovos deste parasito, ela se dá pela presença de cistos hidáticos em várias áreas do organismo, sendo fígado e pulmão os mais comprometidos. E fasciolose, que é causada pela Fasciola hepática e pode em muito dos casos ser assintomática, sendo encontrada somente nos animais depois de abatidos, é caracterizada por fascíolas propriamente ditas, no fígado. Devido a importância destas zoonoses em saúde pública e o fato de que muitos casos positivos não são detectados na inspeção post-mortem, torna-se necessário o desenvolvimento de pesquisas adicionais que venham a viabilizar a utilização de outro método diagnóstico, seja para ser utilizado nos animais antes do abate ou para confirmar os achados nas linhas de inspeção post-mortem. O desenvolvimento de um método de diagnóstico ante-mortem seria de grande valia, permitindo que fosse possível, com a identificação de animais positivos, um tratamento adequado e monitoramento dos resultados obtidos. Enquanto novas formas de diagnóstico em bovinos não sejam utilizadas, o ideal seria que a inspeção feita na rotina de abate fosse realizada da maneira mais precisa possível, examinando de forma cuidadosa todas as vísceras e carcaças. O combate ao abate clandestino de bovinos e a contínua educação sanitária completariam as principais formas de controle e prevenção desta enfermidade.