“SONHA COLORIDO E ADVINHA EM PRETO E BRANCO”: VALORIZAÇÃO DO NEGRO NA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA A PARTIR DO FINAL DA DÉCADA DE 60.

Autores

  • Kênia Érica Gusmão Medeiros UEG

Resumo

Resumo: Muito se fala da efervescência e da criatividade que marcaram a música popular em meados das décadas de 60 e 70 do século XX. Não haveria como ser diferente, a música naquele momento foi o principal suporte do discurso contestador; além disso, aquela foi também a ocasião de eclosão do movimento Tropicalista. Contudo, existem ainda poucas pesquisas sobre um movimento não organizado de valorização da cultura negra que surgia em meio a esse contexto. Dentre os compositores que fizeram parte dessa cena, destacam-se nomes como Candeia, Nei Lopes e Paulinho da Viola. Para o artigo a ser apresentado dando continuidade a este breve resumo serão tomadas como fontes principais algumas canções dos compositores supracitados. O que este trabalho propõe é uma leitura alternativa da cena musical tão importante e diversa da época em questão. A música considerada nesse tempo como engajada, era sempre, mesmo que não de modo evidente, um discurso politizado. A canção tropicalista por um lado rompeu na forma e na estética com essa música de protesto já quase institucionalizada pelos Festivais; e por outro intensificou esse discurso contestador entendendo-o em renovadas possibilidades de ser. Contestação do todo e mais íntimo comportamento, do vestir-se ao sentir. Mais um filão musical da voz dissonante de então, foi o heterogêneo movimento em questão. Sendo assim, esses cantos que trouxeram o negro do canto, para o centro do cenário musical são também expressões da canção dita engajada, de protesto e ainda valorização de uma cultura subjugada.

Palavras-chave: música, valorização, negro.

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Publicado

2014-09-12

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Seção

Artigos