RUI BARBOSA Nº 2: O LIVRO NÃO PUBLICADO DE JORGE AMADO

Autores

  • MATHEUS MESQUITA PONTES IFMT

Resumo

Em 1932, com apenas 20 anos de idade, Jorge Amado preparava o lançamento de seu terceiro livro, Rui Barbosa nº 2, que abordava parte da sua trajetória e suas recentes inquietudes políticas. A pouca idade, a imaturidade literária, as agitações políticas nos primeiros anos de 1930, o contato com novas ideologias e a inserção em novos lugares sociais vão transformando as visões do escritor que havia recentemente saído da Bahia e mudado para a capital brasileira. Novas maneiras de apropriar a realidade, práticas sociais e formas de representar suas visões de mundo através da literatura, levam o literato a abandonar seu tom cético, individualista e elitista que ele havia herdado da influência na “Academia dos Rebeldes”, na Bahia, passando aproximar-se do discurso em favor dos excluídos e engajando-se no intuito de transformar o mundo através da escrita. Com as alterações dos convívios em novos grupos sociais no Rio de Janeiro, Amado reformula suas táticas e estratégia na produção escriturária. Devido o conteúdo de Rui Barbosa nº 2 não atender as expectativas de suas novas opções e dos novos lugares que o autor insere, o literato prefere não publicá-lo, colocando o livro no limbo do esquecimento. Nosso objetivo com esse texto é de dar visibilidade ao livro não publicado, apresentando-o no contexto em que ele foi produzido, sendo que nosso suporte metodológico e teórico será um conjunto de conceitos e abordagens desenvolvidos por Michel De Certeau e Roger Chartier.

Biografia do Autor

  • MATHEUS MESQUITA PONTES, IFMT
    Professor de História e doutorando.

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Publicado

2017-02-08

Edição

Seção

ST5: O profissional de História e suas escolhas teóricos metodológicas: a pesquisa em História Cultural.