Hibridização e Mimica Colonial: Fundamentos da representação do Bandeirante
Resumo
O objetivo deste trabalho é abordar o caráter peculiar da atuação dos “Bandeirantes” no sertão brasileiro segundo Capistrano de Abreu em sua obra “capítulos de história colonial”. Para o autor os bandeirantes foram homens que não só contribuíram para dar continuidade ao processo de colonização portuguesa, como também foram os responsáveis pela cristianização dos povos nativos que viviam principalmente no interior do território brasileiro, contribuindo assim para o processo de colonização cultural. Estes já eram considerados por Capistrano como os primeiros brasileiros, fruto da mestiçagem entre os portugueses e índios, que repetiam a ação colonial no interior do país de forma violenta, assim como os portugueses outrora fizeram no litoral do Brasil, isto se configura uma "mímica colonial". Assim sendo, este trabalho tem como característica principal discutir a construção da identidade do colonizado brasileiro. Para uma compreensão mais elucidativa e atual da visão de Capistrano acerca da construção indentitária do brasileiro, utilizaremos como aparato teórico os estudos pós-coloniais, principalmente o conceito “menos que um e duplo” presente na obra “O local da cultura” de Homi K. Bhabha, por ser este revelador da dupla identidade do povo brasileiro. O processo de "hibridização" na sociedade brasileira foi repensada de inúmeras maneiras, uns como defensores outros como detratores. Dentre os defensores da "hibridização" como fonte de identidade brasileira temos Darcy Ribeiro que em sua obra "O povo Brasileiro" afirma que a mestiçagem promoveu uma cultura singularmente positiva. Portanto o presente trabalho intenta descortinar os principais discursos sobre os "Bandeirantes", e como os mesmos podem ser considerados "menos que um e duplo".
Palavras-chaves: Hibridização, representação do Bandeirante, identidade.
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1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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