MEMÓRIA, HISTÓRIA E ARTE: O CINEMA E OS USOS DO PASSADO NA ESPANHA CONTEMPORÂNEA

Autores

  • Nilton Pereira UFG

Resumo

Na Espanha, entre os anos de 1936 e 1975, muitas vítimas da Guerra Civil espanhola (1936-1939) e da ditadura de Francisco Franco (1939-1975) tiveram que se exilar para escapar das perseguições políticas e da morte. Recentemente, o debate, acerca dos dois fatos históricos trouxe para o interior das análises políticas e sociais a chamada Lei de Memória Histórica. A memória social espanhola, construída por meio de fontes e grupos distintos, divide-nos entre as difusas lembranças dos “vencedores” e dos “vencidos”. O cinema, tratado como fonte histórica e expressão cultural, esteve presente desde o início da ditadura e foi utilizado para veicular as propagandas dos partidos políticos que se estabeleceram na Espanha, entre os conflitos. A redemocratização na Espanha teve início logo após a morte de Franco, em 1975. Novamente, o cinema esteve presente como um dos tipos de narrativa que contribuiu para a construção da memória social espanhola. Nossa proposta tem como objetivo analisar de que forma os usos do passado, sobre esse período histórico, estão presentes na indústria cinematográfica espanhola, bem como perceber seus usos na legitimação do poder da ditadura franquista. Procuramos combinar as reflexões artísticas do cinema com as reflexões políticas e sociais desse período histórico, perpassando tanto as abordagens esquerdistas quanto as de direita que vêm reforçando o “Dever de Memória” e as “Políticas de Esquecimento”, acerca das vítimas da Guerra Civil e do Franquismo na Espanha contemporânea.

Palavras-chave: Memória, História,Arte, Cinema, Franquismo.

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Publicado

2017-02-08

Edição

Seção

ST4: História, didática da história e narrativas audiovisuais