Caracterização química e avaliação dos potenciais antioxidante e antibacteriano da fração aquosa do látex de mangabeira
Resumo
Na medicina moderna, o látex vem sendo empregado como constituinte de biomateriais para o tratamento de inúmeras enfermidades. A mangabeira (Hancornia speciosa), uma planta nativa do Cerrado, pode ser uma alternativa para extração de látex para utilização biomédica, devido sua atividade angiogênica, além de sua biocompatibilidade e não toxicidade com sistemas vivos. Os objetivos desse trabalho foram: identificar compostos presentes na fração aquosa do látex de H. speciosa e avaliar o potencial antioxidante e antibacteriano dessa fração. Na caracterização química da fração aquosa, realizada por meio da técnica de Cromatografia a líquido de Alta Eficiência, foi identificada a presença do ácido clorogênico nessa fração. O ácido clorogênico é conhecido por possuir atividades antioxidante, anti-inflamatória e antimicrobiana, propriedades estas, que podem acelerar o processo de regeneração de tecidos. O potencial antioxidante foi avaliado através do método do sequestro do radical livre estável 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) e os resultados obtidos mostram que o látex de mangabeira possui relevante atividade antioxidante. Sabe-se que, compostos antioxidantes podem auxiliar as etapas da cicatrização tecidual, por atuarem na captura de radicais livres, os quais retardam o processo regenerativo. O potencial antibacteriano foi avaliado pelo método de difusão em ágar e os resultados indicam ausência de atividade antibacteriana.
Palavras-chave: Ácido clorogênico. Hancornia speciosa. Látex. Radicais livres.