“UMBANDOMBLÉ”
IDENTIDADES RELIGIOSAS (RE)VELADAS EM GOIÂNIA E REGIÃO METROPOLITANA
Resumo
As religiões de Matriz africana ou afro-brasileiras apresentam-se dentro de um fecundo debate nas áreas das ciências humanas, por ainda estarem atreladas aos múltiplos preconceitos e as dificuldades encontradas para defini-las e caracterizá-las. Elas se apresentam por pluralidades de significados e sentidos territorializados em diversos espaços simbólicos. Propomos investigar o contexto das práticas ritualísticas que evidenciam uma configuração híbrida dos cultos autointitulados, a priori, como “candomblé” e as fronteiras com a Umbanda. Notadamente, esse hibridismo permite reconhecer a existência em Goiânia e Região Metropolitana do “Umbandomblé”. Esse termo é disseminado por múltiplos discursos que o legitimam, ou seja, tanto no plano popular, quanto no acadêmico e de forma tímida entre os praticantes. O caminho teórico centra-se na Geografia Cultural inserindo a análise pelo viés espacial, simbólico e temporal. Além disso, dialogarse-á com o Pós-Colonialismo e a fenomenologia. Os estudos pós-coloniais fazem oposição ao primado binário, que tanto hierarquiza sujeitos quanto às culturas. O universo afro-religioso será analisado a partir de alguns questionamentos: como os praticantes ressignificam o termo “Umbandomblé”? Como os espaços simbólicos e ritualísticos do “entre lugar” Orixá e Entidade, são demarcados nos terreiros? Essa mescla pode configurar outra identidade religiosa?
Palavras-chave: Territórios, Umbanda, Candomblé, Símbolos, Identidades, Pós-colonialismo.