A APRENDIZAGEM DA DOCÊNCIA EM MATEMÁTICA E SUA RELAÇÃO COM A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO
Palavras-chave:
Aprendizagem da docência. Aprendizagem da matemática escolar. Organização do ensino.Resumo
Subprojeto PIBID de Matemática da UEG-Campus de Quirinópolis tem entre seus objetivos discutir as possibilidades de uma aprendizagem da docência que se realiza concomitante ao ensino de matemática da\na educação básica. Como lastro teórico temos os pressupostos da Teoria Histórico Cultural de Vigotski, além da Teoria da Atividade (Leontiev) e a Teoria do Ensino Desenvolvimental (Davidov). Conexa a esse embasamento teórico discutimos em nosso Subprojeto as potencialidades do conceito de Moura (1996) para a Atividade Orientadora de Ensino (AOE) que, ao ser planejada e desenvolvida a partir dos elementos da Atividade, possibilita o desenvolvimento de necessidades nos sujeitos envolvidos. Considerando que a atividade do sujeito é desencadeada a partir de uma necessidade, em nosso caso da atividade de aprendizagem da matemática, salientamos que o desafio do professor é criar situações que gerem no estudante a necessidade de aprender os conceitos matemáticos, não como estruturas fixas e acabadas, mas como construção humana ao longo de sua história. Com base nestes referenciais teórico-metodológicos e com a preocupação voltada à aprendizagem da docência e da matemática escolar, planejamos e desenvolvemos ao longo de nossas ações os CAEPI (Conjunto de Atividades de Ensino Planejadas Intencionalmente). Esses CAEPI são desenvolvidos em nossa escola-parceira: Escola Municipal Professora Zelsani, com alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental (aproximadamente 250 alunos). Tais CAEPI são estruturados teórico e metodologicamente nas AOE e, portanto, possuem a seguinte disposição: primeiramente construímos uma síntese histórica do conceito matemático a ser ensinado, o objetivo dessa etapa é que os bolsistas e depois os alunos contemplem a gênese do conceito, ou seja, a sua essência, compreendendo qual necessidade levou a humanidade à sua construção, percebendo a sua constituição em seu próprio movimento lógico- histórico. A etapa subsequente é a situação desencadeadora de ensino, onde criamos situações semelhantes as quais nossa espécie se deparou para que pudessem criar tal conceito matemático. Essa etapa pode ter como recurso metodológico uma história virtual, jogos ou situações-problema. Na última fase do CAEPI, nos deparamos com a síntese coletiva, momento este que devemos intencionalmente mediar os alunos a encontrarem assoluções tidas como “matematicamente corretas”. Dentre outros aspectos, é possível perceber que o compartilhamento das ações é importante para que o processo desencadeado viabilizasse a aprendizagem conceitual entre os pibidianos e os alunos da escola. Destacamos, ainda, a importância que as situações de ensino sejam intencionalmente organizadas pelo professor para se constituírem como problemas de aprendizagem, permitindo a organização de um modo geral de ações, promovendo a apropriação de conceitos matemáticos pelos sujeitos envolvidos no Subprojeto.
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem da docência. Aprendizagem da matemática escolar. Organização do ensino.