Práticas significativas no processo ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa
Resumo
Um dos grandes anseios de pedagogos, professores, pais e líderes políticos, que perpassa décadas é concernente ao letramento funcional e ativo dos jovens estudantes para que estes possam exercer sua cidadania de forma consciente e participativa. Nesse sentido, é de consenso até mesmo entre leigos na área educacional a necessidade de despertar nos jovens o hábito de ler e o prazer pela leitura. Esse é sem dúvida o primeiro passo para o processo de interação sociocultural por meio de atos comunicativos, conforme Kleiman (1989) preconiza. Para tanto, práticas significativas no processo ensino-aprendizagem de leitura e escrita precisam ser implantadas em sala de aula, uma vez que o domínio efetivo dos recursos linguísticos e discursivos de que a língua dispõe é desenvolvido em formas culturais e cognitivas de ação social corporificadas na linguagem, como explora Orlandi (1987). O professor deve construir situações significativas de interação por meio das várias configurações da linguagem, ou seja, é necessário repensar a prática de ensino da Língua Portuguesa (Gramática, leitura e escrita) concebida nos moldes americanos. Prática que ainda predomina em pleno século de concorrência com os inúmeros recursos eletrônicos e digitais disponíveis a esses jovens. Não se pode negar a evolução do Homem e com ela as transformações que sofre a linguagem, é necessário sim reformular as propostas de produção comunicativa no ensino, tendo em vista que o meio tecnológico e os modos como se
desenvolve propicia uma “interação altamente participativa”, conforme defende Tom Erickson (1997) In: Mascuschi (1988).