PATOGENICIDADE DE Pestalotiopsis microspora EM FOLHAS DE EUCALIPTO ‘GG100’
Palavras-chave:
virulência, patologia florestal, mancha foliarResumo
O cultivo de Eucalyptus spp. pode ser prejudicado pela ocorrência de doenças, as quais são limitantes ao seu cultivo. Especial atenção tem sido dada ao fungo Pestalotiopsis sp., sobretudo ao fato de recentemente ter sido relatado como responsável por lesões na casca de plantas de Eucalyptus globulus e causando manchas na madeira de Eucalyptus urograndis. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial patogênico de três isolados de Pestalotiopsis microspora (E-72-02, E-72-03 e E-72-04), mediante teste de patogenicidade empregando-se suspensão de esporos para as inoculações em folhas sadias de plantas adultas de E. grandis‘GG 100’. Para as inoculações, um volume de 25 µL de suspensão de esporos de P. microspora, calibrada a 2,0 x 106 esporos mL-1, foi aplicado sobre região foliar contendo cinco furos feitos com auxílio de uma agulha. As folhas inoculadas com o patógeno foram submetidas a condições controladas de câmara úmida para se proceder as avaliações da severidade da doença aos 4, 6, 8 e 10 dias após a inoculação (DAI), medindo-se o diâmetro (mm) das lesões com auxílio de um paquímetro. O delineamento foi o inteiramente casualizado (DIC), com seis repetições (folha) por isolado de P. microspora. Quanto ao desenvolvimento de lesões, os isolados E-72-02 e E-72-03 se ajustaram melhor por um modelo polinomial do segundo grau (Y = 0,9231x² - 7,6762x + 28,2791 e Y = 1,1142x² - 10,1180x + 37,2410, respectivamente), enquanto que o isolado E-72-04 se ajustou melhor por um modelo linear (Y = 5,6393x – 8,1378). Todos os modelos foram significativos (P£0,05), com coeficiente de determinação (r²) superior à 95%. Os isolados não se diferiram estatisticamente em relação ao tamanho de lesão aos 10 DAÍ, onde os valores variaram de 44,04 à 51,16 mm². Os três isolados de Pestalotiopsis microspora (E-72-02, E-72-03 e E-72-04) foram patogênicos às folhas de eucalipto, entretanto, diferindo quanto ao comportamento do progresso da doença.
Palavras-chave: virulência, patologia florestal, mancha foliar.