A VIVÊNCIA DO JOGO AYÓ/ORI: DECOLONIALIDADE E ETNOMÁTEMATICA

Autores

  • Adriana Ferreira Rebouças Campelo
  • José Pedro Ribeiro
  • Emicléia Alves Pinheiro

Resumo

A proposta da oficina de refletir sobre conceitos como colonialidade/modernidade, eurocentrismo, etnomatemática, interculturalidade e decolonialidade. A vivência do jogo Ayó/Ori nos impulsionará a compreender e identificar como os saberes e fazeres de matriz africana/afro-brasileira convergem para uma perspectiva intercultural e decolonial. A experiência que vamos compartilhar perpassa o nosso fazer cotidiano na Escola Pluricultural Odé Kayodê. Que será também apresentado nesse momento. Temos uma engrenagem epistêmica que nos aprisiona. Ela embaça o nosso olhar, o nosso sentir, entorpece os nossos sentidos para que somente o norte seja a nossa direção.  Como diz CAMPOS (2015) devemos buscar e compreender as diversidades das muitas ciências existentes. A universidade e todo espaço que constrói conhecimento deve empreender o caminho de valorizar todas as ciências que existem em seus sistemas locais. E como pessoas que se formam, e viram profissionais temos que sair das gaiolas epistemológicas. D’AMBROSIO(2016) compara os especialistas á pássaros vivendo em uma gaiola. De acordo com D’AMBROSIO (2016) por conta da limitação das grades, os pássaros quando estão presos só veem, sentem, alimentam, e voo em conformidade com o que já estão acostumados. Não podem conhecer a cor que a gaiola é pintada por fora. A gaiola traz conforto, mas não permite ir além. As metodologias decoloniais são revoadas de pássaros. É o romper com as gaiolas. É um ato de coragem. Nesse perspectiva é que podemos agir como instrumento de ação e modificação da realidade. O intuito é o de exercitar novos voos. O jogo Ayó/Ori nos impulsionará, mas o voo é de cada um. E a oficina proporcionará reconhecer as nossas gaiolas e os sistemas que nos aprisiona.

 

Palavras-chave: Ayó/Ori. Gaiolas epistemológicas.

Publicado

2018-09-24