SABERES E FAZERES MATEMÁTICOS DE UM GRUPO DE MARCENEIROS DE MÓVEIS RÚSTICOS NA CIDADE DE ITABERAÍ, GOIÁS
Resumo
O presente estudo emerge de um trabalho monográfico do Curso em Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Câmpus Cora Coralina, que tem por tema Saberes e Fazeres Matemáticos de um grupo de marceneiros de móveis rústicos. O objetivo desta pesquisa se configura em analisar os saberes e os fazeres adquiridos e produzidos por um grupo de marceneiros em relação às suas práticas na construção de móveis rústicos na Cidade de Itaberaí, Goiás. Para tanto, delineamos a seguinte questão a ser investigada: Como se produzem saberes matemáticos nas práticas de um grupo de marceneiros na construção de móveis rústicos? A principal motivação dessa pesquisa está no fato de que no âmbito da UEG no referido Câmpus, ainda são escassas as pesquisas relacionadas a essa temática. Metodologicamente, usamos a abordagem qualitativa com Lüdke e André (1986). Para alcançar tal objetivo, nos fundamentamos nas ideias de D’Ambrosio, Gerdes, Rosa e Orey, quanto a Etnomatemática. Utilizamos os autores Marcellini (1989) e Santos (2004) no contexto histórico da marcenaria. Boyer (2012), Berlinghoff (2010), Eves (2004) contribuíram para a revisitação da matemática. Já os autores Bachelard (1996) e Cuche (1999) foram utilizados para a construção do saber matemático e da cultura. Outros teóricos alinhados a esta pesquisa são Lakatos e Marconi (2016), Gil (2002), Severino (2007) os quais norteiam a pesquisa de campo no ambiente dos marceneiros, considerando o caráter qualitativo para a produção de dados. Assim, entendemos que a matemática está consolidada no contexto da marcenaria, que vem a contribuir para a valorização e o reconhecimento dos saberes e fazeres matemáticos produzidos em um grupo social de marceneiros.
Palavras-chave: Etnomatemática. Saberes matemáticos. Construção de móveis. Marceneiro.