A importância da literatura na formação do leitor: o ato de ler e a construção do sujeito

Resumo

Nosso objetivo neste trabalho é refletir que a literatura abrange o desenvolvimento cognitivo, afetivo e pessoal, fazendo o indivíduo um ser mais crítico e reflexivo. Além de proporcionar um conhecimento do mundo e do próprio homem, sendo a linguística uma representação do mundo, ler literatura é fascínio. “Texto de prazer: aquele que contenta, enche de euforia, aquele que vem da cultura, não rompe com ela, está ligado a uma prática confortável da leitura”. Texto de fruição: aquele que põe em estado de perda, aquele que desconforta (talvez até certo enfado), faz vacilar as bases históricas, culturais, psicológicas do leitor, a consistência de seus gestos, de seus valores e suas lembranças, faz entrar em crise sua relação com a linguagem (Barthes 1915-1980). A compreensão de métodos de ensino e aprendizagem e da figura do professor como mediador da leitura e formador do gosto, práticas de ensino literário numa perspectiva interdisciplinar. A literatura pode ser conduzida de diversas formas, muitas vezes nos deparamos em situações onde o conservadorismo acaba impedindo uma certa evolução, ou novas ideias de como inserir o ato de ler a vida de uma pessoa e deixar que o leitor faça suas próprias escolhas em determinados momentos como por exemplo ler algo que não esteja relacionado a um contexto histórico ligado ao país, deixar que ele crie sua própria trilha e assim acabe descobrindo um caminho inimaginável. É indiscutível que atualmente exista muitas formas de ler e diferentes livros a conhecer, um mundo tão vasto não deve fechar caminhos com placas de sentidos únicos a entendimentos determinados a tempos atrás, claro sem desmerecer qualquer obra do “passado”, porém aprendendo a entender que o novo que muitas vezes assusta e de certa forma deixa desconfortável os grandes críticos literários devem e podem ser objeto de estudo e aprendizado. O ato de ler por muitos motivos acaba sendo privilégio do tempo, este mesmo que muitos acabam tendo pouco, e não devemos apontar o dedo e perceber isso como uma desculpa e sim entender que justamente esse tempo escasso é que muitas vezes impede uma interação de maior aprofundamento no mundo da leitura, e assim entendemos a seguinte questão, como formar a construção do sujeito através da literatura se essa se da por tempo limitado? Seríamos levados às pressas como em uma maratona e ainda sim não chegar em primeiro lugar. Construir algo tão importante deve ser nosso foco, entender e buscar novas formas para que o letramento seja efetivo e de maior alcance em todos os sentidos é a prioridade do educador que cria o momento da leitura, buscar iniciativas que possam abranger o leitor para que o mesmo possa se estabelecer culturalmente de forma que seja rica a construção de seus sentidos.