Formação de professores de língua inglesa sob o olhar da BNCC e do DC-GO

Autores

  • Carlete Fátima da Silva Victor
  • Dllubia Santclair Matias

Resumo

Nesta discussão, a proposta é refletir sobre como a formação de professores nos cursos de Letras contribui para a compreensão dos fundamentos norteadores da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e do Documento Curricular para Goiás (DC-GO). Nesse sentido, ressalta-se o entendimento de conceitos abordados nos referidos documentos como a concepção da língua inglesa como língua franca (SEIDLHOFER, 2001), o desenvolvimento dos multiletramentos (ROJO, 2012) e a noção de interculturalidade (BYRAM, 1997), bem como os seus  desdobramentos para práticas sociais da linguagem em situações sociointeracionistas (VYGOSTSKY, 1998), que se materializam pela natureza dialógica da linguagem (BAKHTIN, 2011). Assim, buscamos o compartilhamento de ideias sobre a relevância e as contribuições da formação dos professores (TARDIF, 2012; GAUTHIER, 2013; BORGES, 2004) no que tange uma atuação que atenda aos princípios desses novos documentos. Sabe-se que o ensino desse idioma nos anos iniciais tem caráter facultativo, mas o DC-GO se apresenta como documento orientador que propiciará um aprendizado significativo para os estudantes dessa etapa. Desse modo, surge a necessidade de inserção dessa disciplina nos currículos de formação inicial. Outro aspecto relevante a ser abordado na formação dos professores consiste no pressuposto de que o conhecimento é capaz de romper crenças, como a que relaciona o ensino de inglês em algo baseado na estrutura, ou no léxico da língua. Dessa forma, os professores podem compreender e assumir que o aprendizado de língua inglesa prima pela prática de recursos linguísticos que possam permitir a construção de repertórios linguísticos sobre diferentes temas de relevância social. Dessa maneira, esse ensino possibilita aos estudantes o exercício da cidadania ativa, criando uma compreensão linguística ligada as expressões interculturais e ao reconhecimento da diversidade racial, cultural, socioeconômica, política e religiosa, a partir da reflexão sobre as práticas sociais de linguagem. Desse modo, esses aprendizes podem ser capazes de reconhecer diferenças e participar efetivamente na tomada de decisões e proposições, visando à transformação social e à construção de um mundo melhor e mais justo.

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Publicado

2019-08-12