A PRÁTICA REFLEXIVA COMO PROPOSTA PEDAGÓGICA EMANCIPATÓRIA

Autores

  • Luanna Divina da Silva Cunha
  • Matheus Lucio dos Reis Silva
  • Queila Dias Santana

Resumo

As discussões que envolvem este trabalho estão relacionadas em como a prática reflexiva pode ser uma proposta pedagógica emancipatória em contexto de transformação social e do sujeito. Para isto, a problematização parte de revisão bibliográfica em livros didáticas e artigos, onde as ideias levantadas buscam através de Perrenoud (1999), Oliveira (2011) e Freire (1921) a reflexão e articulação das ideias propostas. Neste contexto a prática reflexiva coloca-se como um possível caminho para se obter uma emancipação do sujeito e assim a possibilidade de transformação social torna-se latente. Segundo Perrenoud (1999), alguns governos temem que os professores, formados em contexto prático-reflexivos, tornem-se contestadores em potencial e assim tornar-se-iam, em tese, interlocutores problemáticos. Dessa forma, parte deste (des) contexto vem de uma preocupação com o quanto, tal pedagogia e suas implicações, podem acarretar nos indivíduos. Ainda segundo Perrenoud (1999), “o cúmulo da alienação, [...], é sentir-se o único responsável por sua situação infeliz, vê-la como consequência “lógica” e, portanto “justa” de sua própria incapacidade de vencer.” Assim tal pedagogia iria implicar diretamente na alienação provocada pela pouca reflexão ou pouca problematização do sujeito sobre o próprio sujeito e seu contexto. Dessa maneira, formar professores crítico-reflexivos é a grande chave deste processo pedagógico, pois, somente com professores capacitados para realizar este dialogo é que a problematização pode acontecer em seu contexto mais amplo. Freire (1921), diz que o aluno deve ser o agente criador e investigador das perguntas e não o professor, pois quando o aluno realiza tal ação ele é o sujeito que procura as respostas e dessa forma abre, dentro de si, o dialogo para o conhecimento e portanto a reflexão torna-se parte deste processo. Neste caso, o professor torna-se um guia do aluno nesta busca por respostas e tem como função importante ampliar a problematização para tal aluno, assim o processo reflexivo torna-se intermitente e continuum. Na pedagogia tradicional, conteudista, o aluno precisa ser o “recipiente vazio” e o professor o agente que irá “preenche-lo”. Oliveira (2011) traz ilustrações e reflexões sobre esta relação aluno-professor em contexto conteudista na educação fundamental, onde a criança enquanto sujeito crítico e formador de conceitos tem, em sua grande parte, uma visão negativa quanto a esta prática de ensino. Dar a palavra para o aluno expor a ideia, dando ao professor um poder mediador de dizer a hora do dialogo, é também outro ponto negativo citados pelos alunos. Através de ilustrações é reforçado esta ideia, onde o aluno encara com duvidas e
reflexões ações mecânicas propostas pela escola como: copiar do quadro e ficar em fila
para cantar o hino nacional. Isto mostra que, também entre crianças, tal pedagogia não é
encarada com perspectiva positiva, o que reforça um olhar pessimista para o processo
educativo. A partir do objetivo proposto, pensar na educação enquanto prática reflexiva
é entender que o aluno é a parte chave do processo educacional e assim fazê-lo criticoreflexivo
é o caminho proposto para se alcançar uma educação emancipadora.
Palavras-chave: Prática-reflexiva, Pedagogia emancipatória, Educação crítica

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Publicado

2019-03-27