Identidade e cultura na modernidade líquida: Novos desafios educacionais
Resumo
O presente artigo, trata-se de uma pesquisa básica, de cunho qualitativo, onde será realizado uma análise bibliográfica para problematizar qual o papel da contemporaneidade na (re) produção da identidade e cultura, e mediante isto, quais os novos desafios de professores, gestores educacionais e da própria escola, frente a tais questões. Assim, para isto pensemos primeiramente do que trata-se tal fenômeno chamado contemporaneidade, onde, segundo Bauman (2001), a contemporaneidade ou modernidade líquida, denominação utilizada por ele, é uma flexibilização de estruturas e organizações sócias, onde é marcado pela flexibilidade e instabilidade das instituições sócias. Dessa forma, sendo a identidade e cultura fenômenos sócias, elas também são influenciadas por tais, assim há segundo Hall (1997, 2005) uma nova perspectiva de compreensão de tais organizações sociais, dessa forma, identidade e cultura tornam-se plurais no indivíduo, isso implica que elas agora, na modernidade líquida, estão em constante (re) construção, e isto, aliado com os processos de individualização, promove um processo continuum, onde as identidades e culturas de um indivíduo, estarão sempre em movimento, em síntese. Portanto, a escola sendo um ambiente permeado pelo social e sendo o berço gerador de novos indivíduos que estarão atuando na sociedade, enfrenta neste momento, novos desafios e uma crise de significados, onde ela precisa adequar-se à um novo modo ser social que por vezes exclui o próprio social e ao mesmo tempo precisa lidar com uma sociedade que pouco prepara os indivíduos para a cidadania. Para auxiliar na problematização e construção das ideias, utilizaremos Hall (1997, 2005), Bauman (1999, 2001) e Bhabha (1990) como aportes teóricos para a realização do artigo.
Palavras-chave: Identidade; Cultura; Contemporaneidade; Modernidade Líquida.