PROJETO FLORESIA: flores e poesias na comunidade

Autores

  • Maria Severina Batista Guimaraes Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos
  • Elizete Beatriz Azambuja Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos
  • Juliana de Almeida Cruvinel Bittencourt Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos
  • Déborah Rodrigues da Silva Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos
  • Paula Melissa Bruno Araujo Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos

Resumo

 Este texto fundamenta-se na apresentação do projeto de extensão que tem como objetivo a divulgação da leitura de poesia em locais em que dificilmente esse gênero textual é lido. Além disso, a proposta é contribuir para a formação de leitores, ao se levar conhecimentos apreendidos, no Curso de Letras da Universidade Estadual de Goiás, sobre leitura de poesia para pessoas que se encontram, principalmente, em momentos peculiares da existência e que estão mais vulneráveis à solidão, em consequência de atitudes de exclusão por parte da sociedade como um todo, entre elas algumas da terceira idade que moram em abrigos, outras acometidas por alguma doença em hospitais, reeducandos em unidades prisionais. Para sustentar teoricamente as ações desenvolvidas, fundamentamo-nos na discussão proposta por alguns autores. Entre eles, citamos Octavio Paz (1996) que afirma que uma sociedade só é verdadeiramente livre quando a liberdade de uns se enlaça à liberdade de todos. Para ele, uma comunidade só se torna criadora quando seus membros são pessoas conscientes de si e da realidade em que vivem, se reconhecem e se ajudam mutuamente. A tendência na modernidade é valorizar os objetos em detrimento do ser humano. Uma das formas de resistência a essa inversão de valores é a leitura de poesia (BOSI, 1993), porque é fonte de autoconhecimento e aponta para outros caminhos, para a humanização do ser. Somado a este objetivo, o Projeto Floresia tem como proposta a reutilização de flores que são usadas para decorar ambientes de eventos, como formaturas, aniversários, casamentos, e que comumente são descartadas no lixo, para fazer pequenos buquês, que são acompanhados de um poema e levados pelos acadêmicos às instituições como hospitais, abrigos de idosos, presídios e outros, simultaneamente a sessões de leitura de poesia. Assim, o trabalho é produtivo quanto ao incentivo ao gosto pela leitura de poesias e ao fortalecimento de gestos de solidariedade por parte dos alunos. A nosso ver e na perspectiva de várias pessoas da comunidade, o Projeto Floresia foi/é bem sucedido, resultando na proposta da segunda edição do projeto, aprovada pela Pró-Reitoria de Extensão e já em execução.

 

Palavras-chave: cultura, leitura, literatura, resistência, reutilização, universidade

Biografia do Autor

  • Maria Severina Batista Guimaraes, Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos

    Professora do Curso de Letras e autora do projeto e coordenadora

  • Elizete Beatriz Azambuja, Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos

    Professora/coordenadora do “Floresia”, no 2º semestre/2012

  • Juliana de Almeida Cruvinel Bittencourt, Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos

    Técnico- administrativa, colaboradora

     

  • Déborah Rodrigues da Silva, Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos

    Aluna do Curso de Letras, participante da 1ª edição do Projeto Floresia/2012

  • Paula Melissa Bruno Araujo, Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos

    Aluna do Curso de Letras, participante da 1ª edição do Projeto Floresia/2012

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Publicado

2014-07-03