TREINAMENTO EM PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE PARA COLABORADORES DE UM LATICÍNIO DO ESTADO DE GOIÁS
Resumo
Considerando os aspectos sanitários na produção de alimentos, que impactam diretamente na qualidade quesito “Segurança” dos consumidores, foi executado o presente projeto com o objetivo de atender a legislação vigente e, consequentemente, melhorar a qualidade e competitividade das atividades de uma indústria laticinista do Estado de Goiás. A inspiração para desenvolver o presente trabalho na área de “Controle de Qualidade de Alimentos” surgiu com a crescente problemática mundial das Doenças Veiculadas por Alimentos e água (DVA´s), acarretada também pela falta de informação e capacitação da mão de obra envolvida, além do grande índice de fraudes econômicas envolvendo alimentos de origem animal. A presença de microrganismos no ambiente de processamento dos alimentos pode levar à contaminação do produto acabado, reduzindo a sua qualidade e acarretando problemas a saúde pública. As fontes de contaminação do meio ambiente incluem alimentos, manipuladores, animais, insetos, além de equipamentos, utensílios e componentes estruturais do prédio mal higienizados. O ar ambiente, as embalagens primárias, as mãos dos funcionários, bem como os equipamentos e os utensílios, constituem pontos importantes que devem ser ajustados nos Programas de Autocontrole de forma a não representarem risco de contaminação para o produto. Os resultados gerados propuseram a orientação de uma indústria laticinista, viabilizando a obrigatória adequação da implantação dos programas de autocontrole conforme a solicitação do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, através do Ofício Circular nº 24, de 11 de setembro de 2009. Os Programas de Autocontrole constituem uma extensão do Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico- sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Elaboradores/ Industrializadores de alimentos de setembro de 1997, e visam reduzir ou eliminar riscos associados com a contaminação de leite e de produtos lácteos. São procedimentos descritos, desenvolvidos, implantados e monitorizados, visando estabelecer uma forma rotineira pela qual o estabelecimento industrial evitará contaminação direta ou cruzada e a adulteração do produto. O presente trabalho teve como relevância a busca da parceria entre sociedade e universidade; desenvolver visão crítica da equipe participante, além de preparar os discentes para o mercado de trabalho; de levar conhecimento para as indústrias envolvidas a fim de atender a obrigatoriedade da legislação vigente. Para a realização deste trabalho foi visitado um laticínios do Estado de Goiás. Primeiramente foi realiza análise e levantamento das não conformidades do processo de produção. Logo ocorreu a elaboração dos treinamentos para os colaboradores sobre os procedimentos a serem descritos. Os temas abordados foram os seguintes:- Noções de higiene pessoal e com equipamento de trabalho; Noções básicas de microbiologia de alimentos; Normas para elaboração de POP; Os 17 Elementos de Inspeção do Ofício Circular n° 24. Fizeram parte do projeto discentes do curso de Tecnologia em Laticínios (3° Ano) e colaboradores de uma indústria laticinista do Estado de Goiás. Observa-se com a realização do presente trabalho que a parceria entre Universidade e Indústria é importante para o crescimento dos dois seguimentos; o trabalho de extensão é fundamental para o crescimento profissional do aluno; para se obter produtos alimentícios de qualidade é necessária a orientação e treinamento dos colaboradores envolvidos.
Palavras-chave: informação, qualidade, segurança de alimentos.