DESEMPENHO DE FRANGOS SUPLEMENTADOS COM 25-HIDROXI-COLECALCIFEROL NA RAÇÃO

Resumo

Um dos grandes problemas que a indústria avícola enfrenta é a alta percentagem de deformidades do tecido ósseo, devido principalmente à seleção genética realizada para aumentar a taxa de crescimento dos animais. Dentre as áreas da produção, a avicultura de corte foi aquela em que ocorreram os maiores avanços tecnológicos. A incidência da discondroplasia tibial aumentou acentuadamente e está relacionada ao ritmo de crescimento com maximização da massa muscular em curto tempo. Durante os últimos anos, a vitamina D₃ e seus metabólicos 1,25(OH)₂D₃ e 25(OH)D₃ têm sido objeto de pesquisa no entendimento das anormalidades esqueléticas. Objetivou-se avaliar o desempenho zootécnico de frangos suplementados com 25-hidroxi-colecalciferol na ração. Para a realização do experimento foram alojados 405 pintos machos de um dia de idade da linhagem Cobb 500^Ò provenientes de um mesmo lote de matriz (45 semanas de idade). Os ovos foram incubados sob as mesmas condições, em máquina de estágio múltiplo. Após o nascimento, os pintos de um dia foram uniformizados pelo peso e alojados em três grupos distintos de 135 aves com cinco repetições de 27 aves por box, perfazendo 15 unidades experimentais, no qual foi adotado um delineamento inteiramente casualizado. Os tratamentos corresponderam às formas usuais de utilização do metabólito 25(OH)D₃ em rações de frango de corte (níveis recomendados pelo fornecedor em função da pesquisa realizada). O experimento foi constituído por três tratamentos, provenientes de duas fontes de suplementação de vitamina D (vitamina D₃ e 25(OH)D₃) descritos a seguir: Tratamento T1: Controle = O grupo controle recebeu a dieta experimental contendo a vitamina D₃ na dosagem de 4.000.000 U.I./kg. Tratamento T2: 25(OH)D₃ = O tratamento T2 não recebeu a vitamina D₃ e sua equivalência foi substituída pela inclusão do metabólito 25(OH)D₃ na dieta experimental. Tratamento T3 : D₃  + 25(OH)D₃ = O tratamento T3 foi constituído pela combinação das duas fontes de vitamina D, sendo que a proporção na ração será de 50% de cada fonte utilizada. As aves e as dietas foram pesadas no 1°, 7°, 14°, 21° 35º e 42º dias de idade, e estes dados foram utilizados para cálculo do ganho de peso, do consumo de ração, do índice de conversão alimentar e viabilidade para estudo das variáveis de desempenho durante as fases de criação. Para avaliação estatística das variáveis de desempenho utilizou-se o programa estatístico do software R (2.14.2) sendo os dados submetidos à análise de variância ANOVA. O nível de significância adotado foi de 5%. Os resultados de desempenho foram semelhantes e não significativos (p>0,05) para o peso inicial, o peso final, o ganho médio de peso, o consumo médio de ração, mortalidade e a conversão alimentar. De acordo com as respostas encontradas na presente pesquisa, pode-se concluir que a utilização conjunta das duas fontes de suplementação de vitamina D (vitamina D₃ e 25(OH)D₃) não alterou as variáveis analisadas quando se utilizou os níveis recomendados pelos manuais atuais de linhagem de frango de corte.