O ENSINO DE LÍNGUA NACIONAL, NA VOZ DE ALUNOS E PROFESSORES DE ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS DE SÃO LUÍS DE MONTES BELOS/GO

Autores

  • Elizete Beatriz Azambuja Universidade Estadual de Goiás - UEG, São Luís de Montes Belos, GO
  • Juliene Moreira Silva Universidade Estadual de Goiás
  • Luciana Lilian Alves Universidade Estadual de Goiás

Palavras-chave:

discurso, história, ideologia, sujeito

Resumo

Este trabalho trata da pesquisa que realizamos com o objetivo de analisar os discursos sobre o ensino de língua nacional, em enunciados produzidos por alunos e professores das escolas públicas e privadas, em São Luís de Montes Belos/GO. Para isso, tivemos como base teórica a História das Ideias Linguísticas e a Análise de Discurso de linha francesa. Enquanto a primeira área do conhecimento tem como objetivo a compreensão dos processos de institucionalização da língua e de seu conhecimento a respeito do Estado, a segunda tem o discurso como objeto. Sendo este uma construção social, consideram-se as suas condições de produção que são constituídas pelo sujeito/situação de comunicação/contexto histórico-social e ideológico. Fundamentamos nossas análises em autores como Michel Pêcheux, Eni Orlandi, Mariza Vieira da Silva, entre outros. Nas nossas reflexões, tivemos como princípio a indissociabilidade entre sujeito e língua, considerando  que a língua, em seu modo específico de inscrição histórica e de existência material, consiste pela memória discursiva que acompanha, de um material inseparável do sujeito que ela constitui. Outras questões que abordamos na nossa reflexão sobre os sentidos da língua nacional presentes em enunciados de sujeitos na posição de professores e alunos estão relacionadas às discussões sobre o espaço escolar visto como um espaço de censura. Assim, com base nas análises feitas, é possível afirmar que o discurso sobre o ensino da língua nacional que predomina nos enunciados produzidos por professores e alunos entrevistados constitui-se da imagem de que o trabalho deve centrar-se no ensino da gramática, restringindo-se à norma culta. Nos enunciados analisados, é recorrente a afirmação de que o aluno tem que saber “o português padrão”, porque o vestibular exige, é norma, e que o sujeito “só consegue alguma coisa na vida se ele souber falar”. Outro aspecto observado em nosso estudo é que, pelos enunciados analisados, no espaço do ensino da língua nacional praticamente não há uma reflexão sobre a relação indissociável entre sujeito/língua/história/ideologia, tampouco para a discussão sobre o preconceito linguístico que constitui a nossa sociedade.

Palavras-chave: discurso, história, ideologia, sujeito

 

Biografia do Autor

  • Elizete Beatriz Azambuja, Universidade Estadual de Goiás - UEG, São Luís de Montes Belos, GO

     Professora titular da Universidade Estadual de Goiás (UEG), na Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos, desde 2004.

    Atua no Curso de Letras, na área de Linguística.

  • Juliene Moreira Silva, Universidade Estadual de Goiás
    Aluna do Curso de Letras da Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos; bolsista do PBIC/UEG 
  • Luciana Lilian Alves, Universidade Estadual de Goiás
     Aluna do Curso de Letras da Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos; bolsista do PIBIC/CNPq

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Publicado

2015-11-06