KRENAK
UMA ANALISE SOBRE O CAMPO DE CONCENTRAÇÃO INDÍGENA BRASILEIRO INSTAURADO NO PERÍODO DA DITADURA MILITAR SOB A ÓTICA DO RELATÓRIO FIGUEIREDO E DO POVO KRENAK
Palavras-chave:
História Indígena, Ditadura Militar, Campo de ConscentraçãoResumo
O presente Trabalho, analisa as vivências e a perseguição de povos indígenas durante a Ditadura Militar (1964-1985). Por meio de relatos de indígenas dados à Comissão Nacional da Verdade (CNV) de 2012, observou-se que após a implantação do chamado Ato Institucional Número 5 (AI- 5), o governo intensificou a violência e repressão aos grupos que fossem considerados contrários aos planos políticos do Estado, bem como as ações que visavam a industrialização e a modernização econômica do país, principalmente, após o início do chamado “Milagre Econômico"” (1969-1973), o Estado brasileiro encarcerou, explorou com trabalhos forçados, torturou e matou centenas de indígenas no Reformatório Krenak, que hoje, segundo consta a denúncia julgada pelo Tribunal Russell II, em 1974, pode ser chamado de “Campo de concentração Indigena”. Buscou-se também analisar, o Relatório Figueiredo que denunciou alguns dos responsáveis, tanto indivíduos quanto instituições públicas, sendo a principal e ironicamente, o Serviço de Proteção ao Índio (SPI). Dentro desse contexto, esse trabalho tem como objetivo compreender e expor a importância das lutas e das resistências dos povos indígenas durante os anos de chumbo, bem como analisar os silenciamentos e ocultamentos das identidades e existências como estratégias político-repressivas. Com o avanço da conscientização histórica sobre a importância da História Indígena e do Indigenismo, em nosso currículo, não só acadêmico, mas também escolar, essas estratégias de opressão estão cada vez mais claras e, igualmente, repudia as violações de direitos humanos de diversos povos indígenas no período da ditadura militar.