A REALIDADE PROFISSIONAL DE PORANGATU DIANTE DO DISCURSO TECNICISTA DO SENAC: Um contexto histórico

Resumo

Este projeto visa apresentar um breve estudo da mentalidade tecnicista na região norte goiano, dando um enfoque no contexto histórico do Sistema Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) em Porangatu. Desde sua implantação no Brasil nos anos 70, as escolas tecnicistas, praticavam uma formação de interesse capitalista e dos ideais da comunidade de prática. Essa teoria se baseia numa sociedade assentada na produtividade, na eficiência e no rendimento, foi se incorporando à Nova Escola, e reduzindo o ensino a uma dimensão técnico-prática. O ensino tecnicista consolidou uma separação entre si e os fundamentos da educação se afirmando numa neutralidade, segundo Libâneo (1985). A partir da História Cultural e da micro-história, trataremos do SENAC e sua representação para a sociedade local. Pretende-se analisar a ação sócio-cultural educacional e profissional do SENAC no contexto local desde sua implantação em 1997, com o objetivo de demonstrar os porquês de sua implantação e desenvolvimento. Questões como porque foi criado o SENAC em Porangatu em 97 e porque a educação profissional ganhou e continua ganhando espaço no mercado de trabalho em Porangatu, constituir-se-á o foco da pesquisa, pois, estando inserido nesta localidade como um dos principais agentes da educação que leva o desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva, buscar-se-á identificar e distinguir os diversos objetos de atuação do SENAC, ou seja, os diferentes cursos e os diferentes tipos de pessoas que o procuram; há de fazer relações entre as seguidas repetições de cursos e a carência de profissionais de práticas em Porangatu; mostrar as diferentes práticas pedagógicas e as estratégias de ensino comparando-as com pressupostos pedagógicos a fim de estabelecer relações que interagem nas justificativas dos envolvidos. O senso comum poderia afirmar que o SENAC é um pseudo agente educador despojado de conhecimentos teóricos e que é promotor de uma classe profissional mediana, caberá a pesquisa checar se isto faz jus ou não. Para isto, utilizarão autores como Burke (2008) e Pesavento (2005). E em especialistas em educação profissional, como Libâneo (1985), Sirqueira (2010), Deffune e Depresbiteris (2002), além de artigos publicados pelo site do SENAC e sua revista periódica, além da LDB. Nesse afã, será necessário trabalhar juntamente com Halbwachs (2004) e a História Oral como metodologia e auxílio para os pesquisadores a fim de coletar depoimentos e preencher lacunas privilegiando a história presente e a memória, também uso de pesquisas de campo, dados estatísticos e gráficos. Acredita-se que este estudo constituirá um importante subsídio informativo para a comunidade, dando uma visão mais nítida e crítica dos seus potenciais e recursos disponíveis, ao mesmo tempo que trará um referencial para pesquisas nesse campo de estudo.