DIDÁTICA INSTRUMENTAL, DIDÁTICA FUNDAMENTAL E DIDÁTICA OMNILATERAL: compreensão necessária para um currículo emancipador
Palavras-chave:
Didática Instrumental. Didática fundamental. Didática omnilateral.Resumo
Resumo
Esta tessitura tem por objetivo discutir as didáticas instrumental, fundamental e omnilateral que em compreensão promoverá para além de aprendizagens técnica, humana e política, também poderá combater os saberes e fazeres hegemônicos. Este tema ilumina as ideias sobre a didática e suas interfaces com o mundo das práticas das aprendizagens. Por isso, iremos fazer uma breve retomada sobre o histórico da didática, apresentando a didática tradicional ou instrumental, bem como a didática fundamental com a discussão da multidmensionalidade e por fim apresentar a didática omnilateral como possibilidade de práticas de ensino contra-hegemônicas. A problemática de didática e práticas de ensino, presentes no currículo, perpassa tanto a formação quanto o trabalho docente, um podendo ser reflexo do outro. Destarte, é preciso discutir sobre a temática. Segue o paradigma qualitativo de pesquisa, pautado pelos pressupostos da pesquisa bibliográfica e documental segundo Mynaio (2002) e permeia os conceitos de reflexão crítica da didática em Candau (1996, 2012, 2013), Gramsci (1995, 2004), Saviani (1996, 2011) e outros. Os dados foram levantados e apurados durante os encontros mensais do GEFOPI – Grupo em Formação de Professores e Interdisciplinaridade da UEG - Universidade Estadual de Goiás. Os resultados indicam a importância da didática no processo reflexivo dos professores em formação, em sala de aula, nos cursos comunitários, nos currículos formativos, entre outros, que criam possibilidades de aberturas de novos olhares não hegemonizados pela cultura escolar capitalista neoliberal que impede o desenvolvimento da equidade entre o educar e o trabalho. Tomamos como princípio de discussão os conceitos de didática instrumental e fundamental e, apresentamos o conceito de didática omnilateral, como vir a ser de uma didática para a emancipação.
Referências
ARAÚJO, R. (Org). Educação profissional do Pará. EDUFPA, Pará, 2008.
BRASIL. Decreto Lei nº 1.190 de 04/04/1939. Organiza a Faculdade Nacional de Filosofia. 1939. Acessado em : <04/03/2018>. Disponível em:
_______ Decreto Lei nº 9.092, de 26/03/1946. Amplia o regime didático das faculdades de filosofia, e dá outras providências. 1946. Acessado em: < 04/03/2018>. Disponível em: < www.senado.gov.br>
CANDAU. V.M.F. (Org.) Didática em questão. 13. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996. P. 14.
_______ Rumo a uma nova didática. 23. ed. Petrópolis, RJ: Vozes. 2013.
CANDAU. V.M.F, KOFF. A.M.N.S. Didática hoje: reiventando caminhos. In: Educação e Realidade. Porto Alegre, v. 40, nº 2, p 329-348, abr./jun. 2015. Acessado em:< 01/04/2018>. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/2175-6236465058>.
DEMO. P. Pesquisa: princípio científico e educativo. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2011
FREIRE. P. Pedagogia do Oprimido. 57. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2014
GRAMSCI. A. Caderno do cárceres. Os Intelectuais. O princípio educativo. Jornalismo, v2, 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2004.
__________ concepção dialética da história. 10. ed. Rio de janeiro: Civilização Brasileira. 1995.
LIBÂNEO. J.C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
MANFREDI, S. M. Educação profissional no Brasil. São Paulo: Cortez. 2002.
MARCONDES. M. A. S. Jan Amos Comênio. Recife: Massangana. 2010.
MORIN. E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2 ed. Rev. São Paulo: Cortez, 2002.
NOGUEIRA. R. Ubuntu como modo de existir: elementos gerais para uma ética afroperspectivista. Revista da ABPN. v.3, n.6, nov.2011-2012.
SAVIANI. D. Educação: Do senso comum à consciência filosófica. 11ª ed. São Paulo: Editora Autores Associados. 1996.
__________Marxismo e Pedagogia. Revista Histerdbr on-line, Campinas, p.16-27, abr 2011 - ISNN: 1676-2584.
UNESCO. Educação um tesouro a descobrir – relatório da Unesco para a comissão internacional sobre educação para o século XXI. Brasília: Faber-Castell. 2010.
