AS REVERBERAÇÕES DO “ESCOLA SEM PARTIDO” NA DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA: UMA PERSPECTIVA DE ANÁLISE À DIVERSIDADE
Palavras-chave:
Educação, Diversidade, PráxisResumo
Resumo: Neste artigo analisamos as reverberações do discurso que o projeto e movimento “Escola sem Partido” tem disseminado no âmbito da educação superior. Partimos da seguinte problematização: “quais as implicações do avanço do movimento “Escola sem Partido” para a docência universitária no que concerne ao conceito de diversidade”? Para desenvolvermos esse trabalho, utilizamos autores que discutem a educação como práxis considerando o conceito de diversidade como prática formadora das subjetividades, que trabalham, sobretudo, a tolerância e o convívio social. Para desenvolvermos esse artigo partimos das considerações de Reis e Lopes (2016) sobre diversidade, bem como as considerações de Frigotto (2016) sobre o “Escola sem Partido” na ameaça do convívio social, e de Penna (2016) sobre a educação emancipatória. Após a realização desta pesquisa, notamos que o projeto avança e ameaça a vida social porque conduz à eliminação do diferente, da pluralidade de ideias e dos multi-saberes do pensamento social, necessários para a construção da vida material e da vivência coletiva com diferentes percepções de sociedade e de mundo.
Referências
BASILIO, Ana Luiza. Escola sem Partido intimida e persegue professores. Docentes relatam casos de perseguição em sala de aula, sob acusação de doutrinarem seus estudantes. Rev. Carta capital/carta educação. 2017. Disponível em: http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/escola-sem-partido-intimida-e-persegue-professores/ Acesso em: 22/052018.
BRASIL, Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n°867/2015. Disponível em http://www.camara.gov.br/sileg/integras/1317168.pdf Acesso em 06/10/16
______. Educação como Exercício de Diversidade. Brasília: SECAD/MEC, 2007.
______. Ministério Público Federal. http://www.mpf.mp.br/pgr/noticias-pgr/pl-que-institui-escola-sem-partido-e-inconstitucional-defende-pfdc Acesso em:15/10/2017
______. Ministério Público Federal. "PL que institui Escola sem Partido é inconstitucional" Disponível em: http://pfdc.pgr.mpf.mp.br/temas-de-atuacao/educacao/saiba-mais/proposicoes-legislativas/nota-tecnica-01-2016-pfdc-mpf Acesso em: 15/10/2017.
ESPINOSA, Betty R. Solano, QUEIROZ, Felipe B. Campanuci. Breve análise sobre as redes do Escola sem Partido, in: Escola “sem” partido: esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira / organizador Gaudêncio Frigotto. Rio de Janeiro: UERJ, LPP, 2017.
FRIGOTTO, Gaudêncio, CIAVATTA, Maria. Teoria e educação no labirinto do capital. Gaudêncio Frigotto e Maria Ciavatta (org).4 ed. São Paulo. Expressão Popular, 2016.
______, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. São Paulo: Cortez, 1996.
GADOTTI, Moacir. Educação Popular, Educação Social, Educação Comunitária: Conceitos e práticas diversas, cimentadas por uma causa comum. Congr. Intern. Pedagogia Social July. 2012.
LEFEBVRE, Henri. A “práxis”: a relação social como processo. In: Foracchi, M. M.; Martins, J. S. Sociologia e Sociedade: leituras de introdução à Sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 1994.
MÉSZÁROS, Istiván. Educação para alem do capital. São Paulo: Boi Tempo, 2005.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 16 ed., Petrópolis: Vozes, 2000.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo / Edgar Morin; tradução Eliane Lisboa. 5.ed. – Porto Alegre: Sulina, 2015. 120 p. Disponível em: http://www.editorasulina.com.br/img/sumarios/313.pdf Acesso em: 25/05/2018.
REIS, Marlene Barbosa de Fritas; LOPES, Cristiane R. Educação e Diversidade: uma relação de alteridade nas práticas escolares. In: SUANNO, Marilza V. R.; FREITAS, Carla C. de. (Orgs) Razão Sensível e Complexidade na Formação de Professores: desafios transdisciplinares. Anápolis: Editora UEG, 2016. p. 151-165.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 2012.