LER E ESCREVER NA UNIVERSIDADE DIANTE DAS NOVAS TECNOLOGIAS

Resumo

O objetivo desta pesquisa é verificar como as novas tecnologias influenciam a leitura e a escrita acadêmica. Ela inclui-se no âmbito do paradigma qualitativo, em que interessa a natureza dos fenômenos e a perspectiva de seus participantes. Neste texto resume-se o levantamento bibliográfico realizado até o presente momento. A escrita passou por um longo processo de evolução até chegar à forma como ela é hoje. Para se escrever, vários tipos de materiais foram usados: tábuas de argila, papiro e pergaminhos, por exemplo. O livro propriamente dito foi bastante difundido a partir da invenção da imprensa por Gutenberg. Antes do surgimento da imprensa, os livros eram produzidos de forma manual. A leitura e a escrita em computadores, tablets, kindles, smartphones etc. demanda não apenas uma nova forma de se comportar diante desses suportes, mas também esforço cognitivo porque o leitor/navegador tem que aprender a operar não apenas com a variedade de gêneros que surgem ou se hibridizam na rede, mas com a leitura não linear, tecida através de links e efeitos audiovisuais. Desta forma, o letramento digital consiste na capacidade de empreender a leitura e a escrita utilizando o suporte digital. Ao ingressar no contexto universitário, o acadêmico precisa se apropriar dos gêneros que compõem essa esfera, e assim fazer-se indivíduo letrado academicamente. Nesse universo, a complexidade e todo trabalho que envolve leitura e escrita requerem habilidades específicas que dizem respeito a quem escreve, a quem vai participar como leitor e aos teóricos fundamentadores do que se externa através do texto científico. Uma vez familiarizado com todo esse contexto universitário, veiculado a todo esse processo de leitura e escrita, o indivíduo se inclui e reitera-se no universo acadêmico e consequentemente de todo o conhecimento que é transmitido nesse meio.