AS JOVENS DA MARCHA DAS VADIAS: SENTIDOS ATRIBUÍDOS À UNIVERSIDADE COMO ESPAÇO DE E PARA A DIVERSIDADE

Resumo

O eixo principal deste artigo é compreender quem são as jovens da Marcha das Vadias e quais os sentidos que elas atribuem à universidade como espaço de e para a diversidade, e tem como objetivos levantar reflexões sobre a diversidade no mundo contemporâneo, com ênfase na diversidade sexual e de gênero, entender a Marcha das Vadias como um novo movimento social de reconhecimento das diferenças e compreender os sentidos que as jovens atribuem a universidade como espaço de e para a diversidade. Os movimentos sociais estão diretamente relacionados a um elemento de união, a questão da cidadania (Gohn 2011), são um espaço de educação informal em que processos educativos perpassam as relações entre os sujeitos inseridos em um determinado universo histórico cultural e se constituem como um lócus formativo. Os novos movimentos sociais, na atualidade, surgem a partir de demandas de reconhecimento de grupos sociais, raciais, de gênero e se caracterizam por lutas identitárias, o que os diferem dos movimentos sociais, mais relacionados às questões de classes, sindicais, econômicas e políticas. Historicamente, a participação juvenil nos movimentos sociais deu-se ou dá-se, prioritariamente, nos movimentos estudantis de lutas de melhorias das condições da educação, bem como em questões ligadas à política e diversidade.  A Marcha das Vadias, que se originou no Canadá, em 2011, chega ao Brasil também este ano. Este manifesto acontece em Goiânia desde então. A luta se direciona pelos direitos das mulheres de expressarem seus modos de agir, sentir, pensar e de se portar, luta contra a discriminação sexual e de gênero, violência doméstica, e se opõe ao machismo, bem como a desvalorização da mulher. Como metodologia a pesquisa se realizará através da pesquisa qualitativa bibliográfica e em seguida a entrevista de duas jovens do manifesto investigado. O presente artigo visa discutir as diferentes condições juvenis que vivem essas jovens, e os sentidos que atribuem a universidade como espaço de e para a diversidade. Ainda, compreender os diversos universos sócio-político-culturais que as jovens na contemporaneidade estão inseridas em Goiânia.