POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS EM GOIÁS: neocoronelismo, imposição e colonialidade do saber

Autores

Palavras-chave:

Imposição. Políticas educacionais. Goiás. Colonialidade.

Resumo

As políticas educacionais em Goiás têm sido alvo de um intenso debate, entre alunos e professores, em relação ao manejo/manipulação que o Estado faz delas, por meio da sua Secretaria de Educação/SEDUCE e as mudanças que esta impõe. O atrito acontece quando as políticas visadas à privatização do ensino se sobrepõem a planejamentos melhor adequados à realidade goiana. Isto é, a pauta (monóloga) que aciona o Estado não tem como objetivo um melhoramento das bases da educação, mas fins totalmente comerciais e mal-intencionados, em detrimento de um dos pilares fundamentais da educação, como é a sua gratuidade (CRFB,1998), além da visão ampla do mundo (FREIRE; GUIMARÃES 2011) que resulta da educação reflexiva. Consequentemente, fere a Lei Constitucional Brasileira, no seu Art. 206 especificamente. Por tal motivo, analisamos os textos Dando nome aos bois I e II, de autoria do Professor e historiador Rafael Saddi, da Universidade Federal de Goiás, cuja temática aborda questões contrárias às propagadas pela SEDUCE, sobre a privatização do ensino no Estado de Goiás. Assim, o nosso objetivo é refletir sobre o problema, tentando entender como a imposição na educação pública reflete uma forma de colonialidade do saber (QUIJANO, 2014), herança do coronelismo latente no Brasil.

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Publicado

2016-09-20

Edição

Seção

GT 2 - TRABALHO, EDUCAÇÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS