A EDUCAÇÃO FÍSICA COMO INSTRUMENTO PARA ROMPER COM O PARADIGMA DO ENSINO NEOLIBERAL.
Resumo
A educação sempre foi e sempre será um importante instrumento para manutenção e/ou transformação da sociedade, portanto, foi realizada na Tailândia em Jomtien no ano de 1990 uma Conferência Mundial para a Educação, em que a mesma tinha como objetivo utilizar o sistema educacional para manter a hegemonia dominante e consolidar seus intuitos neoliberais. Com a globalização e a abertura das fronteiras para negociações, as instituições chamadas de Organismos Internacionais Multilaterais como UNESCO, FMI, ONU, e o próprio Banco Mundial são instituições responsáveis pela reestruturação de países emergentes – subdesenvolvidos – com o intuito de tornar a camadas populares mais produtivas e capazes de atender as demandas do sistema econômico. O objetivo central deste artigo é apresentar uma proposta de Educação Física que visa à formação de um sujeito crítico, emancipado e atuante na sociedade, rompendo com o paradigma neotecnicista/empirista/simplista do ensino neoliberal. Com a premissa de trabalhar sobre os pressupostos da cultura corporal de movimento, tem-se o intuito de ressaltar um ensino verdadeiramente democrático e socialista, “livre” das amarras do capitalismo. Todo educador deve ter em mente sua função ideológica, seu caminho a ser percorrido, sua atividade educativa deve ser guiada por um projeto político-ideológico; com essa convicção concluímos que idealizar um ensino que seja viável a todos, principalmente às camadas populares é um verdadeiro ato político. Desse modo nosso intuito foi de desvelar as características da ideologia neoliberal para a educação e elucidar um ensino e uma Educação Física a serviço da classe trabalhadora, de um sistema educativo que seja verdadeiramente democrático, visando formar um aluno emancipado, crítico, pensante e atuante na sociedade.