A TRIDIMENSIONALIDADE ALIADA AOS FILMES: As diversas facetas da imagem
Palavras-chave:
AD francesa, Recurso iconográfico, Produção sinestésica, Ordem sócio-histórica, Sujeito líquido.Resumo
Este artigo registra os resultados parciais obtidos pelo plano de pesquisa intitulado A ilusão ganha vida: o mundo do cinema com efeito tridimensionalvinculado ao projeto de pesquisa Práticas de leitura contemporâneas em outra dimensão: jogos de verdade na interação tridimensional. Neste plano, buscamos investigar o recurso tridimensional, nas produções fílmicas Titanic e Avatar, interpretando a relação do leitor/participante com o recurso iconográfico 3D, que o conduz momentaneamente à produção sinestésica, em que a ficção é encarada como realidade, levando o público a se sentir participante da narrativa. Nosso aporte teórico-metodológico é pautado na Análise do Discurso de linha francesa, especialmente na fase arquigenealógica de Foucault (2003; 2005); Courtine (2009); Bauman (2005); entre outras referências. Como resultados parciais, apontamos que a liquidez das práticas discursivas é o reflexo das interferências do contexto histórico, social e cultural presentes na ordem do olhar do analista. Constatamos, também, o crescente desenvolvimento e difusão da indústria iconográfica fílmica, devido à ordem do olhar, das visibilidades e espetacularizações presentes na contemporaneidade. Percebemos as regularidades presentes nos filmes, o impacto promovido pelo 3D, que mobiliza o leitor a se sentir ainda mais próximo da narrativa ficcional, como se fosse real. Além disso, há uma busca incessante pela leitura de consumo rápido em detrimento da leitura densa. Também verificamos que a ordem sócio-histórica perpassa o leitor que exige, em suas práticas discursivas, a reciclagem de produtos tridimensionais, como o cinema: o prazer estético gera o desejo de consumir e descartar atribuindo aos objetos de cultura valores efêmeros.Referências
(BAUMAN, 2005, p. 108);
(BAUMAN, 2005, p.20);
(COURTINE, 2009, p.105-106);
(LE GOFF, 1990, p.547-548);
(LUNAZZI, 2014, p.3);
(LUTERMAN, 2012, p.57);
(MOZDZENSKI, 2013.p. 186).
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Publicado
2017-11-13
Edição
Seção
SIMPÓSIO DE PESQUISA E EXTENSÃO