DESVELANDO RELAÇÕES SOCIAIS: O cortiço de Aluísio Azevedo, um reflexo da sociedade carioca do século XIX
Palavras-chave:
O cortiço, Formação cidadã, Atualidade, Vontade livre, NaturalismoResumo
Este artigo relata reflexões sobre a obra O cortiço de Aluísio Azevedo, nosso objetivo através deste trabalho é retirar da obra, aspectos que ainda hoje são importantes para nossa formação cidadã, buscando contextualizar as problemáticas da obra com a atualidade, evidenciando o que faz com que a obra continue atual, mesmo pertencendo a uma época distinta à nossa. No século XIX estava em curso na Europa o naturalismo, este que chegou ao Brasil e culminou na produção de obras importantes para a literatura brasileira, dentre elas se destaca a livro O cortiço que será estudado neste trabalho, aqui abordaremos as questões ligadas à ambição, a miséria, ao adultério, a discriminação e as questões ligadas à sexualidade, pois estes tópicos são de extrema importância para a construção da narrativa. Estes pontos também são o foco deste trabalho, já que aqui, buscamos evidenciar as ligações da obra com as questões vivenciadas atualmente. Estes aspectos possuem grande importância, já que constituem a resposta de como a obra ainda permanece atual, mesmo após 127 anos de sua publicação. A metodologia deste trabalho se ampara aos estudos de Nietzsche sobre a vontade livre, que vai de encontro à concepção do naturalismo, na qual o individuo é determinado pelas relações sociais. Assim buscamos neste trabalho evidenciar a importância da obra para a formação social do individuo, elencando os aspectos aqui trabalhados, para destacar os traços que fazem com que o leitor retire da obra aspectos visíveis e atuais de seu contexto social, não parecendo estar lendo sobre um recorte distanciado de sua realidade, mas sim uma produção que demonstra, de onde podem ter se originado comportamentos hoje fincados na cultura brasileira, que ainda hoje permanecem vivos, mas que podem deixar de existir, pois o ambiente e as relações sociais podem influenciar, mas cabe ao individuo resistir.