Os Muros Conversam
Palavras-chave:
LinguísticaResumo
OS MUROS CONVERSAM
Este artigo busca pensar a eficácia que os discursos proferidos por intermédio de grafites expostos em diversos lugares das urbes têm em se comunicar com os transeuntes bem como das estratégias discursivas selecionadas e utilizadas pelo grafiteiro para efetuar a comunicação. Partindo da teoria dialógica Bakhtiniana delinearemos o trabalho que aborda o grafite como enunciação tendo como suporte os muros. O grafite objetiva convencer o pichador a mudar de postura em relação à sujeita que é recorrente nos locais onde foi inserido o enunciado que faz parte de nosso Corpus. A análise caminha na perspectiva de compreender o fato de que nos referidos locais após ter sido inserido o enunciado dialogando com os pichadores os espaços permanecem com as pinturas limpas numa mostra concisa que o diálogo foi instaurado. O artigo reflete sobre a concretude e eficácia da comunicação que se instaurou por intermédio do enunciado, provocando mudanças de comportamento nos pichadores. É na tentativa de compreender essa ocorrência dialógica que acontece entre esses dois grupos sociais que buscamos analisar o diálogo instaurado entre os muros e a coletividade. Para nossas reflexões buscaremos suporte nas concepções teóricas de Bakhtin
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