MULHER: AS RELAÇÕES DE PODER E RESISTÊNCIA PRESENTES NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Palavras-chave:
relações de poder, resistência, mulher, sociedadeResumo
Ser mulher em uma sociedade patriarcal, que a considera ainda um ser inferiror, implica, ainda nos dias de hoje, a imposição de modelos normatizadores presentes no imaginário social que aprisionam, vigiam, punem aquelas que resistem as normas de conduta que buscam re-naturalizar os pápeis sociais. Esta comunicação pretende discutir as relações de poder e resistência presentes na sociedade contemporânea, que insistem em demarcar a posição da mulher, por meio de enunciados que permanecem ancorados no imaginário social. Estes enunciados, por sua vez, buscam delimitar a atividade e a importância da mulher no tempo e no espaço, por meio de densas redes discursivas. Para compreendermos como os enunciados são construídos, ou melhor são constituídos por relações, em que os conceitos de descontinuidade, ruptura, limiares, limites, séries, transformações ao serem aplicados envolvem questões de procedimento, bem como problemas teóricos ao se fazer uma análise histórica de um determinado discurso, em uma determinada época, teremos como aporte teórico-metodológico a obra A arqueologia do saber, de Michel Foucault. Pois, ao tecer uma trama discursiva faz-se emergir regimes de práticas, de condutas, de diferentes efeitos de verdade. Daí a necessidade de olhar para estes saberes cristalizados pela sociedade patriarcal e questionar as constelações de sentidos, nas quais se constroem e se representam a mulher. Para exemplificarmos a emergência de determinados enunciados que buscam a desestabilização dos mecanismos de poder, apresentaremos os enunciados presentes na capa e na entrevista da revista Época, edição 909, de 2015. Nossa análise terá como embasamento teórico as obras de Dreyfus & Rabinow (1995), Foucault (2004, 2005, 2007, 2014), Gregolin (2004),Rago (1998, 2014), Sampaio (2006), dentre outros.
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