EDUCAÇÃO INFANTIL E TELEVISÃO: TENSÕES, DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Palavras-chave:
Educação Infantil. Televisão. Ação Educativa.Resumo
O artigo apresenta uma reflexão sobre os resultados da pesquisa de mestrado intitulada A Presença da Televisão na Educação Infantil. A pesquisa de natureza qualitativa, por meio de um estudo de caso, centrou-se na coleta, análise e inferência de dados sobre o processo educativo da criança pequena em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), de forma específica, em analisar como o educador tem aliado o potencial da programação televisiva às práticas educativas nessa primeira etapa da Educação Básica. Da mesma forma, apresenta os resultados dos estudos sobre os documentos legais orientadores e a revisão da literatura básica sobre as temáticas, afim da constituição do processo educativo para as crianças pequenas com usos de tecnologias. O objetivo atual deste artigo, no entanto, extrapola a intensão da divulgação dos resultados da pesquisa, ao aproveitar-se da oportunidade do “Espaço de Diálogos” do evento integrado Seminário de pesquisa, Pós-Graduação, Ensino e Extensão da Universidade Estadual de Goiás (UEG) intitulado Os desafios para a formação do sujeito e os rumos da pesquisa e da extensão universitária na atualidade para reabrir após um ano do término da pesquisa discussão junto à comunidade acadêmica da UEG a respeito da abrangência que o estudo tem alcançado, questionar se seus resultados e as perspectivas vislumbradas oferecem relevância para novas demandas de estudos. A metodologia para a pesquisa inicial utilizou de investigação empírica de natureza qualitativa, estudo de caso e, para a coleta dos dados, os instrumentos: observação, entrevista e análise documental. A análise de dados baseou-se na metodologia de Análise de Conteúdo (FRANCO, 2007). A análise e inferência dos dados coletados sobre os usos da televisão e a revisão bibliográfica sobre o planejamento e o desenvolvimento de ações educativas com usos de tecnologias educacionais apontaram resultados que questionam e alertam para um espaço e uma função de instrumentalização que a televisão e sua programação têm ocupado na instituição em detrimento da mediação didática (LENOIR, 1999 e D’ÁVILA, 2002) e da ação educativa mediadora e emancipadora (MARTÍN-BARBERO, 2009 e VYGOTSKY, 2010) defendida como possível de ser desenvolvida com crianças pequenas.