LUZIÂNIA E O PROCESSO DE METROPOLIZAÇÃO DE UMA CIDADE COLONIAL
Palavras-chave:
uziânia. Fragmentação territorial. Migração.Resumo
Esse artigo é um pequeno fragmento do 1º capítulo da Dissertação intitulada "Da integração nacional à fragmentação regional: Valparaíso de Goiás (GO) e a segregação produzida por um processo integrador/fragmentador". Tal Dissertação se encontra em desenvolvimento. O ponto central desse artigo é de como Luziânia teve seu território altamente fragmentado após a construção de Brasília. Com a transferência da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília, o território de Goiás sofreu drásticas transformações com a migração desenfreada ocorrida no período de construção de Brasília. Por meio de dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), percebemos que ainda hoje (ano de 2015) temos um crescimento populacional significativo no entorno do Distrito Federal. Destacamos Luziânia, um município que perdeu território para a construção de Brasília e que foi fragmentado a partir da década de 1980 para a criação de outros cinco municípios. A fragmentação de Luziânia está relacionada ao fluxo migratório centrado na nova capital federal. Com as levas de migrantes de Goiás e de outros estados brasileiros, a população de Luziânia cresceu consideravelmente. Seu vasto território e a proximidade com Brasília fez com que nele fossem construídos conjuntos habitacionais destinados a abrigar os impedidos de fixar residência na nova cidade-capital. Os municípios originados das fragmentações são: Santo Antônio do Descoberto (1982), Cidade Ocidental (1991), Valparaíso de Goiás (1995) e Novo Gama (1995). Em 1995, Santo Antônio do Descoberto teve seu território fragmentado, abrindo espaço para a criação de Águas Lindas de Goiás. Mesmo após a criação desses municípios, a população de Luziânia segue apresentando um forte ritmo de crescimento: em 2010, a população era de 174.531 habitantes, e a população estimada em 2014, é de 191.139 habitantes.