ASPECTOS E DIMENSÕES SOBRE A HISTÓRIA E A HISTORIOGRAFIA DO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA POLÍTICA DO BRASIL. ESTADO DA ARTE – 1990/2016

Autores

  • Geyza Maria Pacífico Soares de Brito UEG
  • Fernando Lobo Lemes

Palavras-chave:

Historiografia, Independencias, aspectos

Resumo

Para além da perspectiva do “isolamento” entre as regiões que integravam o império
português durante o processo de independência do Brasil, uma leitura atenta da bibliografia
sobre o tema parece revelar a existência de uma justaposição entre o conjunto da experiência
vivida e das expectativas futuras dos atores, quer estivessem em Goiás, no Pará, na Bahia, em
Pernambuco, no Rio de Janeiro ou em Portugal (PIMENTA, 2008; SILVA, 2011;
MALERBA, 2006; JANCSÓ, 2005). Muito embora os efeitos da distância que os separavam
impusessem condições à participação no campo político do império (inicialmente português,
mais tarde brasileiro), cada região traduzia a seu modo e a partir de ritmos específicos as
ideias e as deliberações provenientes ora da corte do Rio de Janeiro, ora das cortes de Lisboa,
adequando-as às suas demandas e interesses. Sendo assim, os ritmos que condicionavam os
diferentes movimentos não excluíam ou isolavam lugares ou protagonistas. É neste contexto
que se insere o presente trabalho, cujo escopo é mapear a produção intelectual a respeito do
processo de independência política do Brasil de Portugal (1822-1823), buscando compreender
as diferentes contribuições dos diversos autores na historiografia brasileira a partir dos anos
1990. A intenção é estabelecer o “estado do conhecimento” sobre as interpretações dos
historiadores, promovendo o diálogo com a bibliografia existente. Neste aspecto, além de
contribuir para o esclarecimento das problemáticas atuais, ampliando o debate e a
compreensão sobre o tema, o trabalho poderá indicar elementos essenciais para a pesquisa à
qual está associado, que trata dos desdobramentos do processo de independência em Goiás
durante os anos 1820.

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Publicado

2017-09-05