AS MARCAS DA RECEPÇÃO DA CRÔNICA GUINADA À DIREITA DE ANTONIO PRATA
Resumo
O propósito deste estudo é apresentar uma discussão sobre a importância de
refletirmos sobre a forma como a literatura tem sido recebida pelos leitores contemporâneos.
Uma vez que são considerados peças fundamentais no processo de leitura, tornando-se, assim,
a instância responsável por atribuir sentido àquilo que se lê. Daí a necessidade de
averiguarmos se a materialidade do texto influencia na constituição de novos sentidos para o
texto. Por isso, o presente trabalho estrutura-se a partir da análise das marcas da recepção da
crônica “Guinada à direita”, de Antonio Prata, e isto sob a perspectiva da Estética da
Recepção. Pois a referida teoria entende que cada sujeito/leitor lê, interpreta, recepciona
textos históricos, literários, sociológicos, antropológicos, a partir de inúmeras interpretações,
que se constroem por meio do ambiente social e cultural, das instituições, dos campos sociais,
bem como das conectividades com outros textos. Assim, além das referidas marcas da
recepção, retiradas da Folha on-line, e de blogs, previamente selecionados, analisar-se-á,
também, a crônica mencionada anteriormente, com o intuito de tecer considerações crítico
reflexivas sobre as abordagens apresentadas pelo cronista. Objetivamos, ainda, levantar
questões relacionadas ao processo de constituição e concepção do gênero em estudo, bem
como da ironia. Com o intuito de respaldar essa reflexão o aporte teórico advém
fundamentalmente dos postulados de Antônio Candido (2000); Beth Brait (2008); José
Marques Melo (2003); D. C. Muecke (1995); Antoine Compagnon (2001); Evando
Nascimento (1998); Terry Eagleton, (1997); Martín-Barbero (2002), Hans Robert Jauss
(1994); Regina Zilberman (1989) dentre outros que comporão este estudo.