DA CONCEPÇÃO DE LÍNGUA ÀS POSSIBILIDADES DE LETRAMENTO
Palavras-chave:
Letramento. Leitura. Leitura e Produção de textoResumo
Este artigo visa mostrar as inquietações de uma professora frente ao desafio em
discutir o letramento e o texto em sala de aula, apesar de tantas discussões já travadas sobre o
assunto. A partir de uma análise bibliográfica e estudo de uma tarefa escolar, propõe
responder se as concepções de linguagem que aparecem nas atividades escolares atendem aos
propósitos comunicativos do estudante do ensino médio presentes nos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs). O ponto de partida para a análise é o posicionamento de
Bakhtin/Volochínov (2004) apresentado no livro Marxismo e filosofia da linguagem sobre
orientações do pensamento filosófico-linguístico do início do século XX: o subjetivismo
individualista (HUMBOLDT e VOSSLER) e o objetivismo abstrato (SAUSSURE) e a sua
defesa da concepção dialógica da linguagem. Para discutir o tema letramento, foi feito um
levantamento histórico sobre a escrita e sua importância, mostrando que alfabetização e
letramento apresentam concepções diferentes de linguagem. Para esse estudo, a análise se
desenvolveu através de um diálogo com teórico Brian Street (1995) em que ele apresenta o
letramento e os eventos de letramento. As autoras nacionais Ângela Kleiman (2015), Leda
Tfouni (2014) e Magda Soares (2002) foram imprescindíveis para o entendimento dos
conceitos apresentados por Street e para fundamentar a análise. Os teóricos Bunzen (2006),
Paulo Freire (1995), Marcuschi (2002), Fiorin (1997), contribuíram para a análise da tarefa
escolar selecionada como objeto desta pesquisa. Os resultados de pesquisa aqui apresentados
trazem à discussão a necessidade de compreender o letramento como prática social que
propicia o pleno exercício da cidadania