SEGREGAÇÃO SÓCIO ESPACIAL NO CEMITÉRIO SANTANA – JARAGUÁ (GO): DISTINÇÕES SOCIAIS ENTRE A VIDA E A MORTE

Autores

  • CAÍQUE PEIXOTO NUNES DOS SANTOS
  • EUNICE DE OLIVEIRA RIOS

Palavras-chave:

Sociedade- paisagem cemiterial- cemitério municipal

Resumo

O presente estudo tem como objetivo compreender a paisagem cemiterial que
reflete a cultura e história das pessoas situadas na necrópole (cidade dos mortos) e por
extensão da cidade (cidade dos vivos) e elucidar como a segregação na cidade é evidenciada
no cemitério, bem como a importância que o homem sente em poder eternizar a sua classe
social até após a morte. Este mesmo espaço onde as pessoas demonstram afeto e carinho
pelos entes queridos através de ações como a construção de uma capela, jardins, lápides e
frases comprovando a gratidão. A organização espacial do cemitério reflete a organização da
sociedade e, por conseguinte a do espaço urbano. Há uma relação entre o espaço urbano e o
espaço cemiterial, como o arranjo espacial (o cemitério é organizado em quadras, com
endereços e lotes), “valores imobiliários” distintos, comprovando a lógica do espaço urbano.
A diversificação da estrutura social pode ser também percebida no cemitério na medida em
que alguns sepultamentos são considerados “enterro digno” e em outros casos são de
“indigentes”, que ao passar do tempo são esquecidos e não possuindo homenagens ou
identificação ou nenhuma estrutura física construída. O espaço urbano e o espaço cemiterial
constituem-se em frutos da realização humana, portanto são susceptíveis às diferenças.
Representações culturais, ideologias e expressões que são evidenciadas no espaço cemiterial.
Outro fator proeminente é o crescimento da cidade, que necessariamente, aumenta a
quantidade de cemitérios. Portanto as características e a relação entre esses dois espaços são
estreitas.

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Publicado

2017-09-12