TC06 UMA ANÁLISE SIMBÓLICA DA HOMOAFETIVIDADE NA OBRA “CONTROLE” DE NATÁLIA POLESSO

Autores

  • Zilda Dourado Pinheiro
  • Victória Maria Lira Rocha

Palavras-chave:

Metáfora. Romance literário. Mitodologia. Símbolo

Resumo

Este trabalho analisa dois símbolos relacionados ao tema da homoafetividade no romance “Controle” da escritora Natália Polesso. Esse estudo tem como arcabouço teórico a Antropologia do imaginário de Gilbert Durand (2012), teoria que estuda as motivações simbólicas dos seres humanos manifestadas pela linguagem nas obras culturais. Desse modo, o símbolo é definido como uma imagem, que se manifesta na linguagem verbal por meio das metáforas, trazendo um sentido figurativo e arquetípico.  A combinação dos símbolos em uma narrativa permite o reconhecimento de uma narrativa mítica fundadora dos sentidos da obra. Em razão disso, Durand (2012) criou uma metodologia de estudo dos mitos denominada de Mitodologia, dividida em dois procedimentos: a mitocrítica, que estuda o mito diretivo de uma obra; e a mitanálise, que estuda o mito diretivo de uma sociedade em um período de sua história. De acordo com Durand (2012), a análise dos símbolos em uma narrativa inicia-se pelo levantamento dos substantivos e dos adjetivos, sobretudo os que materializam um sentido metafórico oculto. Assim, tem-se as metáforas e os símbolos, cuja combinação permite a aparição dos mitemas, o que delinea uma estrutura narrativa arquetipal latente ao texto, ao qual Durand (2012) chama de mito. Dentro desse contexto teórico, o presente trabalho ainda está em andamento, na fase de levantamento dos símbolos. Até então, a pesquisa detectou a predominância dos símbolos da intimidade, relacionados ao sentido do refúgio e do autoconhecimento, dentre os quais destacam-se o fone de ouvido e a música. Além disso, esses símbolos estão ligados ao tema da homoafetividade na narrativa “Controle” de Natália Polesso.

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Publicado

2023-02-18