TC31 O IMAGINÁRIO DO POEMA “AS BELAS MENINAS PARDAS” DE ALDA LARA (ANGOLA)

Autores

  • Dalila Caldeira Ribeiro
  • Zilda Dourado Pinheiro

Palavras-chave:

Imaginário. Literaturas africana de língua portuguesa. Alda Lara. Angola

Resumo

Este trabalho tem o objetivo de analisar o imaginário do poema “As belas meninas pardas” de Alda Lara, na perspectiva da Antropologia do Imaginário, de Gilbert Durand (2002). De acordo com Durand (2002), o imaginário é um conjunto de imagens e de suas relações que compõem o psiquismo humanos em seus elementos biológicos, psicológicos e sociais. O imaginário é dinamizado pela imaginação, definida como uma faculdade de assimilar, de reproduzir, de operacionalizar e de criar imagens. No psiquismo humano, o imaginário estrutura-se em dois regimes: o diurno e o noturno. O regime diurno é da estrutura heroica, relacionada às imagens de luta contra o mal, de poder, de autoridade e de luminosidade. O regime noturno é o da estrutura sintética e o da estrutura mística, relacionadas às imagens de eufemização, de intimidade, de miniaturização, de introspecção e de ciclicidade. O conjunto dessas imagens cria uma narrativa denominada por Durand (2002) de mito. Essas imagens materializam-se em símbolos presentes nas diferentes obras da nossa cultura, uma dessas materialidades são as metáforas, presentes na linguagem verbal. Assim sendo, o estudo do imaginário exige o levantamento dos verbos e dos substantivos que direcionam para as metáforas e para os símbolos de um texto. Após esse levantamento, analisa-se a relação de sentido entre as imagens e identifica-se qual é o mito diretivo dessa obra.  Desse modo, este estudo detectou a presença dos símbolos relacionados com antítese do regime diurno, configurando o mito da mulher ideal no poema “As belas meninas pardas” de Alda Lara (Angola).

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Publicado

2023-12-26