TC35 OS IMPACTOS DO DESMATAMENTO NO DOMÍNIO CERRADO

Resumo

O objetivo deste trabalho foi analisar a relação das comunidades tradicionais como uma forma de contrapor a devastação das áreas de Cerrado que ocorrem por meio da ocupação do agronegócio. Para o alcance deste propósito, a metodologia consistiu em uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório e bibliográfico sobre o Cerrado, tendo como foco o uso e ocupação dessa área e as comunidades tradicionais inerentes a este território. Tal procedimento de estudo configura como uma revisão bibliográfica, amparada por uma abordagem sistemática para coletar, analisar e sintetizar o conhecimento existente em um determinado campo de estudo. A rica biodiversidade proporcionou, historicamente, a emergência de reprodução socioeconômica e cultural de diferentes grupos humanos, alicerçada por usos, manejos, conhecimentos e representações simbólicas, desenvolvidos por diferentes culturas que conviveram ou se sucederam nas áreas de Cerrado. Tal espaço tem sido freneticamente acionado pelo agronegócio que, norteado pelas ações do Estado, avança cada vez mais sobre este território, ameaçando a existência e os modos de vida das comunidades tradicionais. Vale ressaltar que o Cerrado abriga diversas comunidades tradicionais, como os indígenas, quilombolas, agricultores camponeses, extrativistas e tantas outras. Os modos de vida dessas comunidades tradicionais configuram como importantes meios para a conversação do ecossistema, cuja as paisagens produtivas engendradas, permitem a manutenção dos serviços ambientais oferecidos pelo Cerrado. O avanço do agronegócio que ameaça a preservação do Cerrado coloca em evidência e torna-se ainda mais importante o debate pela manutenção dos modos de vida das comunidades tradicionais, que conservam o domínio por meio do uso sustentável. Portanto, garantir a permanência dos povos e comunidades tradicionais em seus territórios é conservar o Cerrado, suas riquezas e todos os benefícios que o domínio traz para a sociedade e o ecossistema.