DISCURSO, IMAGINÁRIO E SIGNIFICAÇÃO: EFEITOS DE SENTIDO SOBRE A LÍNGUA INGLESA NO ESPAÇO DE ENUNCIAÇÃO BRASILEIRO

Autores

  • Thais Ribeiro Silva UEG - Câmpus Sudoeste - Quirinópolis
  • Anderson Braga do Carmo UEG - Câmpus Sudoeste - Quirinópolis

Palavras-chave:

Língua inglesa. Pré-construído. Léxico. Crenças e Atitudes Linguísticas. Análise de Discurso.

Resumo

A partir de uma perspectiva materialista histórica, este estudo propõe investigar e descrever o funcionamento da língua inglesa no espaço de enunciação brasileiro (Guimarães, 2015), por meio da aplicação de um questionário on-line para graduandos do Câmpus Sudoeste da UEG, em Quirinópolis. Considerando o crescente impacto global do inglês e sua presença em diferentes esferas sociais, a pesquisa intenta compreender o uso de empréstimos e estrangeirismos da língua inglesa em âmbito nacional, e de que forma se constituem crenças e atitudes linguísticas por parte dos falantes brasileiros em relação aos usos do idioma. Para tanto, mobilizamos os pressupostos teórico-metodológicos da Análise de Discurso francesa em articulação com a Lexicologia, com o propósito de identificar as regularidades discursivas que determinam os valores atribuídos à utilização da língua inglesa pelos brasileiros no seu cotidiano, e ainda os fatores que condicionam este uso. Visto isso, nosso arquivo de análise foi constituído por meio de recortes discursivos advindos pela aplicação do questionário supracitado, os quais foram analisados a partir de um olhar qualitativo e discursivo. Dessa forma, apreendemos as formações discursivas e os efeitos de sentido sobre o uso da língua inglesa, a partir das respostas dos graduandos. Logo, ao nos atentarmos ao fato de que o espaço de enunciação é sempre um espaço de disputa e de acesso aos modos de dizer dos falantes (Guimarães, 2015), o nosso gesto de leitura nos permitiu identificar que o sujeito graduando estabelece um imaginário atravessado por relações e percepções que ora situam os estrangeirismos como palavras do sistema da língua portuguesa, e ora os estabelece como pertencentes à língua inglesa. Logo, as respostas dos estudantes nos mostram que os sentidos são construídos historicamente e carregam uma memória marcada ainda por crenças e valores tanto em relação à língua inglesa, como em relação à língua portuguesa.

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Publicado

2025-03-04