Frequência respiratória e comportamento de dois grupos genéticos, Guzerá e ½ Holandês-Guzerá, criados em confinamento

Autores

  • Maurício Luís Galvão Lacerda
  • Rafael Alves da Costa Ferro Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Normando de Oliveira Bezerra Filho
  • Diogo Alves da Costa Ferro Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Bruna Paula Alves da Silva Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Tarcísio Ferreira do Carmo Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Aracele Pinheiro Pales dos Santos Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Klayto José Gonçalves dos Santos Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos
  • Raquel Priscila de Castro Oliveira Universidade Estadual de Goiás - Unidade Câmpus São Luís de Montes Belos

Palavras-chave:

Cruzamentos, etograma, parâmetro fisiológico, zebuínos

Resumo

Os animais podem alterar seu comportamento em virtude de fatores externos, como temperatura ambiental, causando modificações do processo biológico para regular a troca de calor. A frequência respiratória é um parâmetro fisiológico importante no equilíbrio homeotérmico em condições de estresse pelo calor, com um elevado gasto de energia, causando, consequentemente, redução na produção de carne. Objetivou-se avaliar a influência dos grupos genéticos, Guzerá e ½ Holandês-Guzerá, no comportamento e frequência respiratória de machos criados em sistema intensivo. O confinamento foi conduzido em uma propriedade município de Trindade, durante 80 dias, contemplando os meses de abril, maio e junho do ano de 2016. O rebanho experimental foi composto por 30 bovinos machos, Guzerá e ½ Holandês-Guzerá, da mesma idade. A frequência respiratória foi aferida, quinzenalmente, às 8h, 13h e 18h, verificando a contagem do número de respirações por minuto, pelo número oscilações do flanco esquerdo do animal durante um minuto. Foi avaliado o comportamento dos animais confinados, com duração de 12h, observando qual atividade o animal estava demonstrando a cada 15min, por meio de um etograma. O experimento foi realizado em delineamento experimental inteiramente casualizados, com dois tratamentos e quinze repetições. A realização das análises estatísticas foi utilizado o programa computacional estatístico SAS. Houve diferença significativa no comportamento entre os bovinos Guzerá e ½ Holandês-Guzerá quanto ao descanso, no qual o grupo genético do Guzerá apresentou um período de descanso inferior. Observou-se também a diferença significativa do comportamento lúdico, expressado por brincadeiras entre os animais, em relação aos grupos genéticos, com maior valor para os animais zebuínos. Já os demais comportamentos de alimentação, ruminação, social, cuidados corporais, anormal e outras atividades não obtiveram uma diferença significativa durante as avaliações. Foi observada diferença significativa da frequência respiratória entre os tratamentos, Guzerá e Guzerá x Holandês, apresentando valores médios de 29,67 movimentos por minuto e 33,52 movimentos por minuto, respectivamente, encontrando-se dentro do limiar fisiológico. Mas, em ambos os tratamentos a frequência respiratória permaneceu dentro do limiar considerado normal para os bovinos. Quando submetidos a um mesmo manejo, o grupo genético não influenciou a maior parte das características comportamentais dos animais. Os únicos comportamentos afetados foram o lúdico e o descanso. O grupo genético influenciou a frequência respiratória dos animais, encontrando maior valor para os animais oriundos de cruzamentos com a raça taurina.

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Publicado

2017-02-02