Sexagem Espermatática em Bovinos

Autores

  • Jaqueline Ferreira Daniel Santos Universidade Estadual de Goiás http://orcid.org/0000-0003-1004-523X
  • Klayto José Gonçalves dos Santos Universidade Estadual de Goiás
  • Camila da Silva Castro Universidade Estadual de Goiás
  • Patrícia Fernanda Peixer Universidade Estadual de Goiás
  • Pedro Henrique Souza Ramos Universidade Estadual de Goiás
  • Joyce Kelly Rodrigues da Silva Universidade Estadual de Goiás
  • Alberto Carlos Mineres Junior Universidade Estadual de Goiás
  • Luis Gustavo Ferreira Alves Universidade Estadual de Goiás
  • Arthur Ferreira Bueno Batista Universidade Estadual de Goiás
  • Natanael Guimarães de Souza Universidade Estadual de Goiás

Palavras-chave:

Citometria de fluxo. Reprodução de bovinos. Sêmen sexado.

Resumo

A sexagem espermática técnica utilizada tanto em humanos quanto em animais, consiste na identificação e separação dos espermatozoides X (fêmea) e Y (macho). Em bovinos a sexagem espermática é de grande interesse comercial, onde a seleção do sexo para raças de alta produção de leite visam o nascimento de fêmeas, e na produção de carne buscam o nascimento de machos e a formação de matrizes para reposição. A concentração espermática na dose comercial de sêmen sexado é de 2x106 espermatozóides. A centrifugação em gradiente de densidade e a citometria de fluxo são duas técnicas descritas com base na separação pelo conteúdo de DNA dos espermatozóides. A quantidade de DNA contida no cromossomo X em bovinos é 4% maior do que no cromossomo Y. Embora pequena a diferença, é possível mensurar o conteúdo de DNA dos espermatozóides. A fertilidade do sêmen sexado comparada ao sêmen convencional é menor, onde a taxa de prenhez da dose do sêmen sexado gira entorno de 56%. A possível causa da queda na fertilidade pode ser pela menor concentração da dose ou pelo processo de citometria de fluxo. Para solucionar problemas de fertilidade do sêmen sexado é necessário à busca de melhores resultados relativos com a seleção espermática melhorando a qualidade e viabilidade das células. Mesmo que o touro produza um ejaculado de boa qualidade, não necessariamente, após a separação, o sêmen manterá essa qualidade. A coloração do espermatozóide acaba afetando sua capacidade de fertilização. Os espermatozóides sexados pelo citômetro sofrem capacitação prematura, afetando o congelamento dos mesmos, porém, não prejudica a realização de FIV logo após a separação, dispensando a capacitação espermática. O sêmen sexado é criopreservado pela mesma metodologia de criopreservação do sêmen convencional e possibilita sua comercialização, porém, a qualidade e viabilidade dos espermatozóides são diminuídas após o processo. Após a descongelação, a proporção de espermatozóides móveis, com membrana íntegra e vivos com acrossoma íntegro é menor para o sêmen sexado quando comparado ao não sexado. O processo de sexagem aumenta a sensibilidade dos espermatozóides a futuros danos, como a congelação. A sexagem espermática possui muitas limitações. O processo de separação dos espermatozóides por citometria de fluxo causa danos às células e acaba diminuindo sua capacidade fecundante. Devido a esse fator e a baixa concentração da dose, o sêmen sexado é indicado para inseminação artificial em novilhas ou utilizado na produção in vitro de embriões, permitindo seu uso de forma mais eficiente.

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Publicado

2017-10-20