Situação do mercado da carne ovina no Brasil

Resumo

Objetivou-se com este trabalho relatar sobre a situação do mercado da carne ovina. A produção mundial de carne ovina alcançou 16 milhões de toneladas em 2015, sendo que esta carne e os demais subprodutos oriundos da ovinocultura movimentam cerca de US$ 11 bilhões por ano. O Brasil está entre os vinte maiores produtores de carne ovina do mundo, contando com 1,6% de todo o rebanho mundial, com um total de 17,6 milhões de animais. A região Nordeste se destaca na produção, pois ela é responsável por produzir 10,11 milhões de animais. O consumo interno brasileiro da carne ovina é baixo em comparação aos demais tipos de carne e ainda assim, a produção interna não consegui suprir o consumo interno, tendo a necessidade da importação. O Uruguai é praticamente o único fornecedor de carne ovina para o Brasil. Estima-se que se o consumo de carne ovina per capita é de 400 gramas, são necessárias cerca de 76 mil toneladas além da produção interna para atender o consumo brasileiro. O problema mais comum para grande parte dos consumidores de carne ovina é a falta de diferenciação entre a carne de cordeiro e a carne de carneiro, pois costuma-se não ter essa diferenciação no comércio. O cordeiro é um ovino jovem com até seis meses de idade, macho castrado ou não, enquanto o carneiro é o ovino macho adulto, considerado como tal após a queda das pinças da primeira dentição. O público consumidor é bem aguçado e por este motivo os frigoríficos mostraram aos produtores a importância do direcionamento na produção de carne e a rentabilidade. A avaliação e tipificação de carcaças tornaram-se ferramentas-chave e como incentivo, a bonificação aos ovinocultores pela carcaça premium se tornou mais um atrativo para o setor. A Nova Zelândia é um dos principais produtores de ovinos, sendo importante ressaltar as condições deste país que se encontra em uma região muito montanhosa e que tem um clima com a temperatura muito baixa, mas mesmo assim, os produtores se adequaram à essas condições e produzem em grande escala. Alguns produtores do sul do Brasil adotam as mesmas técnicas dos produtores da Nova Zelândia, sendo que a raça mais utilizada nestas condições é a Southdown, animais que possuem características excelentes para regiões frias e além de carne, eles também produzem lã, subproduto utilizado para produção de casacos e outros produtos.